lunedì 25 agosto 2014

Senso comum e ciência segundo Rubem Alves. Por Manoel Messias de oliveira

A ciência nada mais é que o senso comum refinado e disciplinado. (G. Myrdal)
  
Rubem Alves (1933-2014, Boa Esperança - Minas Gerais) foi teólogo, educador, tradutor e escritor brasileiro. Autor de livros de filosofia, teologia, psicologia e de histórias infantis. Dentre suas obras, destaca-se: “O Que é Religião?" (filosofia e religião), “A Volta do Pássaro Encantado”, “O Patinho que não Aprendeu a Voar” (livro infantil), “Variações Sobre a Vida e a Morte” (teologia) e “Filosofia da Ciência” (filosofia e conhecimento científico).
A obra Filosofia da Ciência – Introdução ao jogo e suas regras – é um alerta para a necessidade de se desmistificar o cientista, considerado superior, por si, pela classe e pela grande maioria das pessoas comuns, dado ao seu trabalho em busca da verdade, do conhecimento e do desenvolvimento da ciência.
 
Capítulo I – O senso comum e a ciência
 
 
 
O autor inicia o capítulo interrogando o leitor acerca da figura do cientista, a visão que se tem dele e a imagem criada pelo imaginário popular, principalmente da mídia. “O que é que as pessoas comuns pensam quando as palavras ciência ou cientista são mencionadas?”
• “o gênio louco, que inventa coisas fantásticas;
• o tipo excêntrico, ex-cêntrico, fora do centro, manso, distraído;
• o indivíduo que pensa o tempo todo sobre fórmulas incompreensíveis ao comum dos mortais;
• alguém que fala com autoridade, que sabe sobre que está falando, a quem os outros devem ouvir e ... obedecer.”
De tal forma o cientista é apresentado como uma figura mitológica em que o autor levanta questionamento quanto a quem é encarregada a missão de pensar: “[...] os outros indivíduos são liberados da obrigação de pensar e podem simplesmente fazer o que os cientistas mandam.” Inconscientemente existe um certo conforto ou conveniência por termos quem pense os casos complexos para nós, isso pode acarretar em um atrofiamento do pensamento. As pessoas do senso comum recuam frente a situações que exigem um maior esforço no raciocínio. Porém, o autor alerta que aqueles que são especialistas em um área específica não necessariamente são mais capacitados na arte do pensar. É aí que ele exemplifica a afirmativa com o caso do pianista e as várias técnicas exigidas para que se execute uma boa obra. Contudo,esse pianista resolve especializar-se apenas na técnica dos trinado (articulação rápida e alternada de duas notas seguidas), neste sentido ele será um especialista, porém, não executará uma obra por inteiro tão bem como executa os trinados.
Rubem Alves utiliza-se das comparações do cientista e do pianista para expor o perigo de focar cada vez mais em uma única área e relativizar as demais, “[...] cada músico é surdo para o que os outros estão tocando. Físicos não entendem os sociólogos, que não sabem traduzir as afirmações dos biólogos, que por sua vez não compreendem a linguagem da economia, e assim por diante.”
Compara também o processo de especialização com o mundo dos sentidos dos animais, o perigo de especializar-se na visão e não compreender o mundo dos sons. Todos esses exemplos são fornecidos pelo autor para que compreendamos que a ciência é uma espécie de refinamento do que é comum e rotineiro e que não carece de estudos aprofundados. Também percebermos que, quanto maior o nosso foco sobre qualquer coisa que seja, menor será nossa percepção ou visão geral e globalizada: “A tendência da especialização é conhecer cada vez mais de cada vez menos. É a partir do senso comum, de sua observação, que se desenvolve a ciência. Do momento em que surge um questionamento ou uma necessidade.
O senso comum, como conceito e definição, não advém das pessoas que são encaixadas nessa classificação, segundo o autor, mas sim do meio científico,“[...] senso comum é aquilo que não é ciência [...]”. Se faz presente no modo de pensar, agir e interagir do indivíduocom o mundo e com as outras pessoasÉ apresentado neste capítulo uma série de exemplos (problemas) de como funciona o senso comum nas situações mais simples e inusitadas do cotidiano de uma pessoa

Um automóvel que para repentinamente de funcionar, o que fazer?

A conta de água que chega com o dobro do valor normal. Qual o procedimento?

Por que o número da sua identidade é 6.872.451 e não 5.000.000?
Essas e outras questões que nos ajudam a compreender a ciência através do senso comum, por meio de explicações racionais, estudadas e experimentadas. Diferente de explicações míticas, mágicas e/ou religiosas. Sobre isso, diz o autor: “A crença na magia, como a crença no milagre, nasce da visão de um universo no qual os desejos e asemoções podem alterar os fatos. A ciência diz que isto não é verdade. O senso
comum continua, teimosamente, a crer no poder do desejo.
Em tudo isso, ressalta o autor no texto, é importante que a ciência esteja a serviço das pessoas, sempre com a capacidade de inventar soluções úteis e benéficas à sociedade. Isso permite ao homem ser dotado de uma enorme capacidade de sobrevivência, extremamente diferente dos animais.
O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver.

martedì 19 agosto 2014

Philosophy - Calendas



Organiza da apresentação de textos de Filosofia da Ciência de Ruben Alves, com a proposta de antecipação de aulas para o cumprimento da carga horária ao término do curso. A apresentação terá a duração de uma hora, realizada no período da última aula das terças e quinta-feira.
FICHAMENTO DO CAPÍTULO; RESUMO DE CADA PARÁGRAFO EM UMA FRASE; O MATERIAL PARA APRESENTAÇÃO DEVE SER ENVIADO VIRTUALMENTE PARA O PROFESSOR.

DATAS DAS APRESENTAÇÕES:

MÊS DE AGOSTO
26/08 – MESSIAS
MÊS DE SETEMBRO
02/09 – FAGNER
09/09 – PAULO
11/09 – RANIERY
16/09 – GEDEÃO
18/09 – CLEBSON
23/09 – ROBSON
30/09 - JOSUÉ
MÊS DE OUTUBRO
14/10 – ROBERTO
21/10 – MÁRIO
28/10 – ROMINIQUE

Ariano Suassuna - Criacionismo - Evolucionismo - Theory - Creationism - Evolution - Philosophy of the Scienze



O literato Ariano Suassuna opina sobre o embate entre criacionistas e evolucionistas. Fundamentando sua antropologia no criacionismo cristão, busca suporte na incapacidade dos macacos em engenhar objetos aparentemente simples – como um pregador de roupas até, genialidades da criação humana, como pode ser o caso de um obra sinfônica.
Nossos alunos fizeram um réplica à fala de Ariano, expomo-las aqui. São de inteira responsabilidade dos mesmos” (Claudio Dionizio, Aracaju, 19 de agosto de 2014).

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Joranne Fagner: Qual é a visão de Ariano Suassuna sobre o Criacionismo e Evolucionismo, de consequência, da Filosofia da Ciência?

Ariano Suassuna, um sertanejo cético e de inteligência prática, como ele mesmo se intitula, posiciona-se como um observador fidedigno ao tempo em que vive, isto é, parte de realidades próprias, pessoais, permeando caracteres contemporâneos, até a conclusão do que deseja analisar. Crítico do seu tempo, embasa suas posições a partir de uma visão religiosa do mundo e do homem. Assim, Suassuna tem opiniões claras acerca do que o envolve, e a ciência, extremamente valorada na atualidade, também foi objeto de opinião deste grande escritor nordestino.

A ciência, considerada sua óbvia contribuição para a humanidade, não é caracterizada má pelo escritor paraibano, mas é vista como orgulhosa. Esta visão se dá graças à temática que envolve a vida, Ariano Suassuna acredita que quando tal temário é pesquisado, o “mundo científico” se orgulha de seus feitos e inicia um empreendimento pretensioso na tentativa de desmistificar a criação da mesma; este empreender, segundo Suassuna, acarreta equívocos incompreensíveis, descreditados até.

Para ilustrar estes equívocos, ele cita a famosa interpretação acerca do desenvolvimento da inteligência humana, a qual prega que o saber do homem descendeu do macaco. Sobre isto, fundamentado em seu ceticismo e praticidade sertanejos, como acima citados, infere ser vão este interpretar e faz jus a sua visão religiosa do homem, afirmando que a inteligência humana possui uma centelha divina e que, portanto, nenhum animal a pode possuir.

Como em qualquer época e com quaisquer pessoas, o tempo e a efervescência de ideias no mesmo são decisivos nas opiniões daqueles que se propõem a se expressar; expressão que não necessariamente se pode dizer original, isto porque descende de outras épocas e de inúmeras efervescências ideológicas surgidas. Isto é claro nas posições de Ariano Suassuna, há uma filosofia por trás, existe uma fé, uma crença, uma experiência.

Especificamente naquela ilustração, sobre os equívocos da ciência, vemos que a filosofia agostiniana, da iluminação de Deus sobre o homem, permeia a opinião religiosa do autor paraibano. Aliada a esta informação, está à experiência do escritor, esta o torna cético e prático, rejeitando as explicações do Criacionismo e Evolucionismo. Porém, isto não afeta sua crença no auxílio divino no desenvolver da humanidade, posição que cientificamente é improvável.

Assim, nesta discussão, podemos concluir que para Ariano Suassuna a ciência deve ocupar uma posição de intérprete da humanidade, esta, dada e desenvolvida por Deus. A Filosofia da ciência, então, deve agir na contemporaneidade a partir do que pode realizar, não excluindo obviamente a constante pesquisa, sem se arvorar dum pretenso poder criador. Tanto um Criacionismo cientìfico quanto um Evolucionismo absoluto são ideias inviáveis, porque contrariam a sobreposição humana auxiliada por Deus.
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Frei João Raniery Elias da Silva – Ariano Suassuna e o evolucionismo

Sempre foi objetivo de a filosofia estudar a origem do tudo. Do universo, das coisas que nos cercam, das realidades que insistem em acontecer. Diante dos grandes desejos do ser humano, o mais autêntico e que dispensa um longo e profundo processo, é o de se autoconhecer. É próprio da condição humana o anseio por conhecer, por questionar, por analisar,... descobrindo em tudo a sua razão de ser. É essa razão de existir que move àquele que se dedica a pesquisar. O homem que se olha e pergunta não apenas o exterior, mas, principalmente sobre si. De onde nós viemos? Como chegamos àquilo que somos? O humano que somos, foi criado ou evoluído? 
Ariano Suassuna[1] tem sua concepção sobre o assunto. Afirma: “[...] eu não aceito que a inteligência humana tenha evoluído da inteligência do macaco ou do seja de que bicho for”. Para o escritor, é impossível acreditar numa teoria que assimila como verdadeiro a ideia do surgimento dos homens através de um processo contínuo e ininterrupto evolutivamente. Não pode haver uma evolução quanto à inteligência. É próprio do homem a razão, o pensamento crítico, o refletir. Seria uma discrepância acreditar que os animais irracionais possuem tais qualidades.
Suassuna, como bom escritor nordestino “com uma inteligência prática e cética”, enfatiza em todas as suas obras a ideia de haver não um evolucionismo, como Darwin acreditava, mas, sim um criacionismo. Como pode um sertanejo acreditar que as aves que voam no terreno árido do sertão vieram do peixe que vive na água? É ilógico, é inverídico.
O que é possível notar na atualidade é uma ideia superficial do homem, de acordo com o autor d’O auto da compadecida. Uma visão que minoriza a pessoa humana e suas crenças. Como cristão e adepto do catolicismo, trata que a escolha, hoje, por ideias darwinianas nada mais é que uma não aceitação da existência de Deus, da existência de um criador. O que se tem é um grande relativismo científico contemporâneo. É preciso, portanto, de uma ciência capaz de refletir filosoficamente sobre as formulações nos campos do conhecimento. Precisa-se, de uma filosofia da ciência que ajude a pensar o cientificismo estéreo empregando na sociedade hodierna.




[1] Natural da Paraíba. Foi dramaturgo, romancista, ensaísta e poeta brasileiro. Retratava em suas obras a realidade do povo nordestino, como bem conhecia por ser um dele. Seus livros mais conhecidos são: O Auto da Compadecida e O Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do Sangue do Vai-Volta.



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Jose Clebson M. Pereira - Ariano Suassuna, Criacionismo
 
     A questão sobre as origens do homem remete um amplo debate, no qual filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida humana e, implicitamente, porquê somos o único modelo dotado de características que nos diferenciam do restante dos animais. Quanto mais a ciência se desenvolve, mais avançados são os recursos científicos que esses pesquisadores podem utilizar. Eles são capazes de encontrar novas possibilidades para explicar a origem humana. Para Ariana Suassuna, é impossível o ser humano ser transformado da evolução de um animal “do macaco”. Cada ser vivo tem sua particularidade, seu jeito de ser, de agir, cada formado e criado a sua própria espécie. Por isso não há uma transformação entre uma espécie e outra. Transformar uma característica própria que tem uma função própria,  uma vida própria em um segundo ser é impossível. Como transformar um animal em um ser humano que tem um intelecto muito diferente, sua sabedoria, seus sentimentos, seus desejos, que são próprios do ser humano. O ser humano veio da criação divina, e não da evolução de outra espécie.
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Frei Mario Josué, O. Carm.: A visão de Ariano Suassuna sobre o evolucionismo e sua concepção de ciência



     A visão e a atitude de Ariano Suassuna são extremamente filosóficas. Podemos identificar isto nos dois exemplos que ele dá, até de forma bem humorada, no início da palestra: a admiração, espanto e, até, a incredulidade, ante os meios modernos de comunicação, sobretudo o telefone; e quando ele fala que tem que examinar as ideias que se lhes apresentam.

     Ariano Suassuna tem uma visão espiritualista da ciência, nem tanto por afirmar ter uma visão de mundo católico, religioso, mas ao dizer que no homem age uma sentelha divina, onde podemos identificar a teoria da iluminação de Agostinho, que, filosoficamente, remete a Platão e este a um pré-socrático.

      Ao examinar o que se lhes apresenta, Suassuna apresenta o conceito de verificabilidade, procurando o que tem de verdade através da aparência, revelando e descartando o que há de superficial no mundo e no homem.

     Ao expressar seu ceticismo no evolucionismo, na descendência humana provinda do macaco, Ariano apresenta a mesma visão de são Tomás de Aquino: o homem como o centro da criação de Deus. Lembrando que, filosoficamente, Tomás de Aquino remete a Aristóteles e este, por sua vez, remete, também, a um pré-socrático.

   Ariano Suassuna é cético quanto ao evolucionismo mas não é agnóstico quanto a ciência, pois ao examinar as coisas, ele busca os seus fundamentos e pressupostos, deixando sobressair uma filosofia espiritual mas plenamente racional

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Josué Laurindo da Silva: A evolução



     O falar da evolução Ariano começa por questionar a afirmativa de que o homem tenha evoluído de um macaco. Ele combate essa ideia de ridicularizando o próprio ato de evoluir, como pode as coisas evoluir de forma tão perfeita, uma molécula virar célula, as células se unirem e virar peixe, os peixes decidirem voar outros saírem caminhando até chegar no homem. Em seguida faz uma apologia a sabedoria humana e afirmou: “ela não poderia ter evoluído de um macaco, a sabedoria do homem tem uma centelha da sabedoria divina”.

     Ariano não questiona se a evolução é ou não possível, mas coloca o homem em um nível superior, para isso ele usa da teoria de Agostinho de que o homem tem uma centelha da inteligência divida. E ainda Agostinho fala de razões seminais, teoria esta que acredita que Deus criou como razões Seminais, isto é, com capacidade de evoluírem. Talvez seja por isso que Ariano não questione a evolução em si, mas simplesmente a evolução do homem a partir de um macaco. Também, em relação a todas as coisas se torna complicada não levarmos em conta essa sentelha divina, pois seria toda a complexidade da natureza sido fruto do ocaso? Dessa forma, seguido a raciocínio de Ariano é mais fácil acreditar que exista um Deus criador que da sentido ao ser do homem do que acreditar que o homem é simplesmente do ocaso.

   Surge uma nova questão: se, por princípios tão lógicos podemos perceber que o homem foi criado homem e capaz de sabedoria, por que a ciência não assume seus limites e para de afirmar com tanta veemência respostas que ela mesma não tem? Talvez seja porque ela está a serviço da máquina ideológica? Ou talvez seja por que os cientista perceberam de forma tão plena a capacidade do homem que não se permitem a se submeterem a algo tão simples como Deus. Ariano acredita nos convoca a acreditar, como Pascal, no mais provável.


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Gedeão L. Pontes da Silva: A critica ao evolucionismo

O Evolucionismo é um conjunto de doutrinas filosóficas que, segundo ABBAGNANO (2007, p. 462), “vêem na evolução a característica fundamental de todos os tipos ou formas de realidade”. Como expoente deste estudo, tem-se a obra A Origem das Espécies, de Charles Darwin, onde ele ensaia que tanto o homem, quanto o macaco, devido às fortes semelhanças biológicas que ambos possuem, teriam um mesmo ascendente em comum. Frente a tal afirmação e levando em consideração o seu rigor científico, percebe-se que algo que vá de encontro necessite passar pelos mesmos critérios que fundamentaram e erigiram a pesquisa de Darwin.

A partir do supracitado, percebe-se que a exposição feita por Ariano Suassuna em uma determinada aula-espetáculo, carrega não a Corrente Evolucionista, mas a Criacionista, e ele, de forma esplêndida, explica-a com um pensamento repleto por acordes de comédia utilizando para isso a sua acentuada religiosidade. Para Suassuna, a ciência carrega o complexo de não conseguir criar a vida e aí está o seu limite.

Com isso, chega-se a conclusão que para Suassuna, somente uma criatura superior poderia ter criado a maravilha que é o homem em toda a sua complexidade, dotando-o de uma centelha divina, e isso é o que o torna fantástico entre as demais espécies.

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BIBLIOGRAFIA

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. Trad. Alfredo Bossi,Ivone Castilho Benedetti. 5. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
SUASSUNA, Aula espetáculo de. 2012. Disponível em < http://www.youtube.com/watch?v=8ieVa2tVPac> Acesso em: 11 agosto. 2014.

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Visão de Ariano Suassuna acerca do Evlucionismo

 Paulo H. Alves Batista


O poeta , escritor brasileiro  Ariano Suassuna em suas declarações  deixa transparecer além de seu amor à cultura brasileira , o seu modo de ver o mundo, o homem,as realidades do seu tempo. Em suas falas suassuna  faz inumeras criticas a concepções polemicas como é o caso do surgimento da vida humana.

O seu pensamento está fundamentado  na concepção cristã de que o homem é um ser criado  com singularidades e com suas peculiaridades superiores às demais espécies. Sua observação se dá não a partir do conhecimento ciêtifico, mas a partir da observação empirica das capacidades do ser humano que para ele é prova de que o homem é criado  por Deus conforme a concepção cristã  revelado na bíblia.

A visão de mundo, de cosmos, de relações humanas que o poeta defende baseados não em critérios  humanos, mas na crença, se constituem um protesto  as demais concepções filosóficas ou cientificas darwinista  que defendem que o surgimento da vida humana se dá a partir de um processo de constante transformação. A seu ver a ciência sendo incapaz de reconhecer a sua  incapacidade de criar ou mesmo explicar a origem da vida se constitue uma  tentativa de manipulação e negação de Deus como origem da vida .O que a meu ver revela um desconhecimento do que  de fato defende a concepção cristã que não defende  de forma alguma a oposição entre a ciência e fé.

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Ariano Suassuna

Roberto Rosa Santos


No inicio ele terce uma critica, a forma de categorizar o ser humano, pelo o que faz, mas é exposto que não é uma forma segura, pois, o Ariano Suassuna fora fazer direito, porque era a única opção, por conta da matemática, já que não era matéria de peso, só que o mesmo não teve muito sucesso. O Ariano continua, mas é referente ao ser humano, em se escravizar por meio dos aparelhos tecnológicos, pois ele sita a seu mau relacionamento com os mesmos, que estar envolvido com o seu insucesso no escritório que trabalhava. 
Ele é um homem religioso e meio cético em cerca ao humano, dentro dos seus limites. Mas ele sita que ao se colocar diante ao livro com o titulo A humanização do macaco pelo o trabalho, ele passou a se negar o que o autor do livro escrevesse. O que foi espanado pelo o autor Ariano, é algum que é discutido a vários anos, porem o que chama atenção, é a reação dele a respeito a uma opinião diferente da dele. Mas voltando para o que interessa a questão da evolução eu acredito um evoluir dentro de sua espécie, mas não como inicio de vida no mundo, como foi apresentado no vídeo, e concordo com Ariano, que é mais fácil de compreender como estar na bíblia, do que a forma que ele apresentou. Que não é a forma apresentada por Darwin, que é a evolução do macaco para o ser humano de hoje, de acordo com a sua descendência.



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ARIANO SUASSUNA: EVOLUCIONISMO E CRIACIONISMO

Robson Silva

Desde a antiguidade, o homem tenta entender sua origem na história. Questionamentos acerca da sua existência humana alimentam e exercitam a mente daqueles que buscam se autoconhecer. Nesta busca, surgem algumas teorias que tentam explicar a existência da vida humana, dentre elas, o criacionismo e o evolucionismo: no princípio criou Deus o homem, os céus e a terra ou o homem é evolução do macaco?
Ariano Suassuna, poeta e escritor brasileiro, com muita simplicidade e inteligência, e até de forma engraçada, características que lhe são muito peculiares, apresenta argumentos da razão sobre a teoria da Evolução. Afirma: “[...] eu não aceito que a inteligência humana tenha evoluído da inteligência do macaco, ou seja, de que bicho for”. Suassuna se diz totalmente descrente em relação à teoria da evolução das espécies, pois, o homem é um ser dotado de inteligência, isto o diferencia dos outros animais. Só a razão auxilia o homem no descobrimento das coisas e o conduz a varias façanhas em sociedade como criar: “Nunca vi um só macaco criar um prendedor de roupa”, disse Suassuna.                              O aparente anti-cientificismo de Ariano Suassuna, expresso em alguns textos seus e entrevistas mostra que ele é um homem que crê em Deus e por tanto defende a teoria criacionista, contudo, espero que isso não seja motivo para desacreditar em todo um ramo do conhecimento humano. 

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Evolução e criação

Manoel Messias de Oliveira

De forma bem humorada e descontraída, o escritor e poeta Ariano Suassuna, conduz uma palestra no Tribunal Superior do Trabalho (TST) e dentre os assuntos abordados ele se refere a teoria das criação de Darwin. O darwinismo prega a evolução das espécies a partir da organização no planeta, suas disposições e derivações. Uma visão revolucionária para o seu tempo e que modificou profundamente a forma de pensar a origem do homem.
A posição assumida por Suassuna faz oposição à teoria da evolução, no que se refere à origem da vida. Cita o exemplo clássico da comparação entre homens e macacos, comentando a diferença no intelecto, a capacidade de criar, planejar e refletir a realidade a sua volta. Ele afirma a impossibilidade de um nivelamento entre a inteligência humana e a dos macacos. “Na inteligência humana existe uma centelha divina. Macaco já nasce macaco e gente já nasce gente.”
Ele critica a tentativa frustrada da ciência em explicar a origem da vida, mantendo-se orgulhosa e irredutível. Sem temer qualquer teoria, Suassuna posiciona-se contrário ao evolucionismo, assegurando-se nas explicações da fé como fonte segura. “É preciso mais fé para acreditar nisso (teoria do evolucionismo) do que na história de Adão e Eva.”
A figura irreverente do poeta lhe permite uma livre expressão e até mesmo o uso de uma linguagem cômica para exprimir-se, principalmente sobre assuntos polêmicos como este. Grandes discussões já foram levantadas em torno desse tema. Se de um lado é apresentada uma versão bíblico-teológica, atribuindo à divindade a origem da vida, sua criação e especificações, do outro, a comunidade científica, com argumentações e resultados de pesquisas e experimentações, apostando na via darwiniana da evolução das espécies.
O posicionamento radical ante esse tema é perigoso e tendencioso, pois o que se questiona é o processo de evolução da vida animal no planeta e não a fé e crenças religiosas. Se escolhermos a explicação do livro do gênesis para o surgimento da vida na terra, estaríamos abraçando uma posição radicalmente mitológica e ignorando a dimensão literária com o uso de parábolas e outros recurso para se falar de um Deus criador capaz de elaborar um projeto inteligente de desenvolvimento da vida nas diversas condições e estágios.
A Igreja posiciona-se contra a afirmativa de que a vida surge do acaso, sem uma atribuição de sua origem, seu surgimento. Porém reconhece que assuntos de caráter científico devem ser confiados à ciência, que por sua vez reconhece seu limites no que diz respeito à origem da vida, ao perguntar-se acerca do período antecedente ao big-bem. Se a igreja reverencia a ciência por suas pesquisas e comprovações, deve, da mesma forma, ser considerada ao tratar da participação divina na criação e desenvolvimento do universo.