Neste post entendemos
repassar alguns filmes desde a perspectiva da relação filosofia-ciência,
segundo a obra rubemalveziana "Filosofia da Ciência". Os textos foram
elaborados pelos alunos do homônimo curso, no ano acadêmico 2014/2.
GATTACA:
A EXPERIÊNCIA GENÉTICA.
Raniery
Quem é a ciência? Quais os
meios utilizados por ela? São legítimos seus procedimentos? Até que ponto o
pensamento científico tem o poder de modificar a história humana num sentido
obstinado de melhoramento onde a “régua medidora” do ser melhor são seus próprios conceitos? Será que, de fato, a mãe
natureza deseja uma intervenção humana aos moldes das feitas até então?
A filosofia da ciência, em
Rubem Alves, é entendida como a grande “desencantadora” do universo. Tal
desencanto iniciou-se com a manipulação que os homens se propuseram fazer das
realidades da natureza. O sistema solar, os astros, a ordem celeste,... Tudo em
busca de responder perguntas que nunca fora sanada. O grande conflito, no
entanto, está em os cientistas serem forças a admitir que, por mais estudo que
se tenha, por mais pesquisas e testes sejam elaborados; toda verdade formulada
por eles é provisória, porque tudo o que os pesquisadores científicos têm nas
mãos são modelos daquilo que se é real. Logo, a qualquer momento pode o
pensamento formado ser refutado. Que o diga a falseabilidade popperiana. São
pelas possibilidades de falsar ideias que já foram outorgadas que se tem o
progresso na ciência. Só há avanços científicos quando é descoberto anomalias e
forçam os cientistas a questioná-los. Sem sombra de dúvidas: é das
probabilidades que a ciência surge. Mendel, quando analisava os códigos
genéticos, atestava: o que é determinante é um elenco de unidades genéticas com
certas chances de serem ativadas pelo evento da fecundação, ou alteradas depois
dele. O que Mendel não pensou foi na falsificação de um gene, reprimindo o seu
próprio. Mas, como pode?
Mais que um filme de ficção
científica, Gattaca: a experiência
genética é um exímio exemplo de um determinismo genético numa nação. O longa-metragem trata de uma civilização que
estaria baseada num mapa genético, no DNA e na manipulação dos que, por eles
entendidos, seriam pessoas quase perfeitas. Por exames, os habitantes de
realidade futurista eram examinados constantemente e julgados pelas
probabilidades de terem doenças e imperfeições. Existia, portanto, uma
discriminação de classe; não como as que no presente tempo temos (como raças,
cores, culturais, posição social...) mas, à nível científico. Por curriculum, apenas suas células. Os
atestados nessa seleção como inválidos, eram descriminados: é o caso de Vicent.
Para escapar dessa sina, recorre à espécie de mercado negro, conseguindo um
sósia com características perfeitas para sua entrada na Gattaca. Todavia, para
conseguir será preciso que ele raspe e corte os pelos, fraude seu exame de
urina e de sangue, ponha lentes de contato, tudo para tornar-se a identidade
comprada. No íntimo da trama, encontramos uma menção ao darwinismo e outras
filosofias mencionada pelo cineasta. Mostra que o homem é perfeito, apesar de
às vezes ter aparências imperfeitas. Uma sociedade fechada de perfeitos,
intolerantes com os que possuem alguma deficiência – ideias como as da eugenia
dos anos 40 – em nada pode contribuir para a boa convivência da raça humana.
A ciência deve contribuir
para uma melhor vivência do homem. Os códigos genéticos não devem ser meios
para uma exclusão ou discriminação social. Como o filme aborda, não existe uma
posição drástica entre Deus e genética, entre fé e razão. A ciência deve sempre
ter cautela em suas afirmações quando pretende possuir a
verdade absoluta de todas as coisas existentes. O que o cientista possui em
suas mãos são apenas modelos, e, como dizia Rubem Alves: “Ensinar ciência é
ensinar modelos”.
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SEGURANÇA
NACIONAL
Roberto
1º) Quais os
pressupostos dede a perspectiva para o entendimento da concepção de ciência
filme e para o concepção de fé (existe?)?
Ciência: sistema
de radar (Sivam); Investigar para não negociar com terroristas; R99 jato de
analise; bombas; Avião radar; caça suporte tucano; construção de uma ponte;
código morci; Alei do abate entrou em vigor em 2014.
Fé: Vá com Deus ( terrorista); Deus abençoes vocês
(Presidente), és o preso quevai pagar pelo seu pecados ( terrorista).
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Quem somos nòs
Paulo
“Todo
ponto de vista é a vista de um ponto”( Ortega y Gasset)
1- Quais os pressupostos – desde a perspectiva
da filosofia da ciência em Ruben Alves(
no capitulo que leu) para o entendimento da concepção de ciência do filme? E para a
concepção de fé( existe?)
Na concepção de Rubem Alves
os pressupostos da ciência é a busca de
uma ordem que é invisível e que dá sentido ao que existe de enigmático, e o esforço de dar respostas ao que se
apresenta como problemas.essa busca é infinita, visto que a ciência nunca
contenta-se com teorias, declarando-as como verdade tendo em vista a
possibilidade de sua confutação.
No filme quem somos nós, aborda questões
existenciais do ser humano unindo-as com
a física quântica para defender a idéia de que a realidade nada mais é do que
aquilo que vemos e que portanto ela é limitada pelas emoções e sensações do momento
em que as vivenciamos. A realidade portanto seria uma possibilidade mental.
Então existe uma realidade para além daquilo que se pode ver. Uma realidade que
não é apenas exterior ao homem, mas existe uma realidade interior que é
responsável por produzir a realidade exterior.
Porém o homem tende a
acomodar-se com aquilo que é dado pela sua percepção limitada (vicio) não penetrando na “toca do coelho do
mistério”.nessa perspectiva os pressupostos da ciência segundo o filme,se identificam com a de Rubem
Alves, pois a ciência é a reflexão daquilo que parece banal e que
costumeiramente não mais é questionado pelo senso comum, é a busca do
conhecimento sem a interferência dos vícios, ou seja da dogmatização de
teorias. É busca do que está além da realidade aparente,visto que a mente
humana não consegue apreender totalmente o objeto.
Quanto à concepção de fé que
aparece no filme é de critica à religião por pregar um Deus separado e superior
ao homem e defende que o Deus que a
religião prega não passa de uma imagem de quem o criou. Portanto o Deus que é
pregado não existe.Deus é o próprio homem que chega ao nível de conhecimento de
si, de suas possibilidades
2- Desde Rubem Alves em que vc criticaria o
filme?
O filme faz uma exacerbada
valorização das potencialidades e consequentemente a negação da existência de
Deus, ao defender que Deus é o próprio homem desenvolvido no conhecimento de
si e que descobre as suas
potencialidades. Isso significa dizer que a fé é fruto da ignorância humana
que desconhecendo o seu potencial e sua
capacidade criadora, o projeta em um ser externo que não existe mas é uma
projeção de si mesmo.
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O Enigma de Kasper Houser
José Clebson
Rubem Alves no capitulo VI do seu livro filosofia da
ciência, nos mostra que, para cada determinada pesquisa a uma teoria
específica, assim nos revelando que não podemos dogmatizar-las. Que ao
encontramos um resultados não demos ter como uma verdade absoluta. Portanto as
teorias são elaboradas de acordo com que desejamos pesquisar. Esse método de
pesquisa nos ajuda a compreender a ciência mostrada através do filme “O ENIGMA
DE KASPER HOUSER”,que através da observação e experiência constroem teorias
para chegar ao conhecimento do problema, e assim buscar conhecer quem era
Kasper Houser. Sobre a questão da fé
mostrada através do filme, é que a fé é importante porque através dela nós
elevamos o espírito, mas só a adquirimos através do conhecimento e não de uma
imposição.
2. Crítica ao filme.
A triste história de
Kaspar Hauser teve fim quando, derrepente o diretor do filme resove
assassinar-lo. Não mostrando uma clareza no meu metodo de pesquisa. Assim como
sua origem e real identidade,a pessoa que o manteve em cativeiro quando criança
e seu assassino não foram desvendados, permanecendo um enigma e fazendo com que
novas hipóteses e estudos sejam gerados através de sua figura.
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CRASH: NO LIMITE
Josué
“O filme tem duração de 112 minutos, o
gênero é Drama, e se passa em Los Angeles, nos Estados Unidos. A história
fictícia abordada pelo filme tem duração de 36 horas, a censura é para maiores
de 14 anos e tem como autor/roteirista Paul Haggis.”
O filme aborda a realidade do preconceito
entre as pessoas na cidade de Los Angeles. O filme inicia retratando uma batida
de carro. Curiosamente o ator Don Cheadle, que faz o papel de um detetive e que
estava dentro do carro que recebe a batida, afirma que as pessoas se batem por
que estão muito distantes uma das outras estão, em meio a tanta gente, se
sentindo solitárias, esparram um no outo apenas para sentir prazer. Daí começa
a acontecer uma série de atos preconceituosos sofridos: uma mulher que bateu no
carro sofre preconceito por parte da mulher que vinha com o detetive, uma dupla
de jovens negros um sente que o tratamento que deram a eles, em relação aos
brancos que lá estavam, foi preconceituoso. Isso vai se desenrolando de forma
que não se apresenta só um dos envolvidos no ato, mas todas que estão
envolvidos apresentam algum tipo de preconceito.
Dando sequencia a esses episódios, a atriz
Sandra Bullock faz o papel de uma de uma esposa de um promotor e muito
preconceituosa. Ela com seu esposo estavam passando pela rua quando vinham
passando aqueles dois rapazes negros ela com cara de assustada se aproximam de
seu marido, os rapazes um dos rapazes percebeu o ato preconceituoso dela. Em
seguida eles anunciam o assalto e levam o carro. A polícia persegue o carro.
Na trama aparece um policial para um carro
que não era o do assalto, e ele sabia disso, mas ele fez isso por que o
motorista era um negro que estava com sua mulher. O policial humilha o homem e
faz vistoria na esposa deste passando a mão nas partes intimas dela. Outo
policial, jovem, não gostou da ação de seu companheiro. Ela fala para seu chefe,
que era negro, mas esse não quis se meter, pois não queria manchar sua
carreira.
A onda de preconceito continua. Um
comerciante de outra nacionalidade, que já havia sofrido preconceito, chama um
chaveiro para consertar a sua porta e ele diz que trocou a fechadura, mas
informou que o problema estava na porta, como não consertava portas pede apenas
o pagamento da fechadura e deixa de lado a mão de obra, porém, numa conversa
desrespeitosa por parte do comerciante o chaveiro se chateia vai embora sem
receber. Dias depois a loja é arrombada. O comerciante culpa o chaveiro e
procura vingança.
Num segundo momento as coisas passam a
acontecer de outra forma. Aquele policial sai para fazer a ronda e se depara
com um acidente, quando tenta socorrer a vítima ele percebe que era aquela
mulher que ele vistoriou a frete se sue esposo. Ela o reconhece e grita para
que ele não a toque, mas ele insiste e convence-a, pois o carro estava preste a
explodir. Com risco eminente de morte ele a salva. Então diante dessa situação
ele começa a cair em si.
No caso da esposa do promotor, ela começa
deixar o preconceito de lado quando, em uma situação difícil, percebe que sua
verdadeira amiga era a sua empregada pobre.
Já o comerciante realmente foi se vingar.
Fica de tocaia na frente da casa do chaveiro. Quando esse chega ele vai tomar
satisfação e pede que esse o pague, como a chaveiro não tinha dinheiro, ele se
prepara para atirar, nisso a filha corre para proteger o seu pai e quando chega
de frente dele, o comerciante atira. O pai fica apavorado por pensar que sua
filha havia levado um tiro, mas em seguida percebe que ninguém se machucou,
então entra para sua casa com a filha e esposa. O comerciante vê aquela criança
como um anjo e cai em si.
Aquele jovem policial que abominava o
preconceito de seu colega dá uma carona a um negro. Durante o trajeto percebe
que este apresenta sinais se alguém que pulou muros para assaltar. O negro em
certo momento começa a rir e o policial começou a se irritar, pede explicação.
O negro coloca a mão na bolsa para tirar alguma coisa que explicaria por que
ele estava rindo, ao fazer isso o policial atirou. Quando vai olhar o que ele
ia tirar da bolsa percebe que era uma imagem de São Cristóvão semelhante a sua
que estava no painel do carro. Sofre duramente com aquilo.
Por fim, o detetive que parou no acidente
no início do filme viu que lá tinha um jovem morto na estrada, àquele jovem era
seu irmão. A sua mãe faz uma dura
crítica, reclamava da ausência dele e dizia que ele só queria saber da promoção
social e por isso a abandonou a ela e a seu irmão.
Toda essa trama mostrou os pontos estremos
que o preconceito pode levar; Mostrou que não é a cor nem a classe social e
muito menos a nacionalidade que revelam o verdadeiro significado do que seja o
ser humano.
QUAL O PAPEL DA CIÊNCIA NESSA REALIDADE?
Façamos uma relação entre o filme e a
ciência.
O que causa o preconceito? Normalmente os
preconceitos são causados por meio da observação, as pessoas observam que neles
existe uma comprovação através dos dados concretos de que, por exemplo, existe
um grande numero de criminosos entre os negros, daí ser melhor manter
distância; o povo de Los Angeles constatou que os terroristas de outra
nacionalidade agiram de forma covarde e causaram dano a seu país. Isso mostra
que as pessoas tem um conhecimento prévio a cerca de todas as realidades das
quais pretendem se livrar com seus atos discriminatórios e isso dá a elas o
direito de ter preconceito.
Essa é o que acontece com o preconceito,
ele se auto justifica a partir da realidade. E a ciência por muito tempo seguiu
essa linha quando tomou por base a ralação causa e efeito. Para constatar isso
vejamos como a ela se comportaria diante de uma analise de uma relação
preconceituosa: “os negros estão constantemente envolvidos em assaltos e
assassinatos, são responsáveis pelos pânico na cidade”. Na relação causa e
efeito que procura conhecer a partir do que foi “dado” diria simplesmente que a
causa de tudo são os negros e o efeito da ação deles é o pânico. No empirismo e no positivismo sugeriram essa
forma de trabalhar para as ciências, porém ela não vai além dos fatos. Sendo
assim, os preconceitos nas ciências e muito menos nas relações não são
justificados, pois não ultrapassam os enunciados.
A ciência precisa procurar ir além das
causas e dos efeitos, deve perceber que a indução não determina toda a verdade,
e que o fato é apenas o inicio donde parte a compreensão, ou seja, não se faz
ciência generalizando os fatos a partir do simples dado. Isso é o que as
pessoas preconceituosas fazem.
Para superar os preconceitos devemos ir
além dos fatos e perceber e procurar compreender o que está por trás de todo o
dado. Também é necessário nunca fazermos generalizações apresada. Pois se corre
o risco de errar seriamente e não termais volta, isto é, se não procurarmos
compreender da forma correta o verdadeiro sentido das coisas e sua real
explicação, a forma correta nos dará o seu verdadeiro sentido e pode ser
drástico e isso está fora do nosso controle.
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Muito além do último jardim
Messias
O filme “Muito
além do último jardim” aborda questões como a influência da mídia sobre o comportamento das pessoas.
O modo pela qual as pessoas mais simples são facilmente absolvidas pelo
conteúdo da tv. Isso se mostra visível no personagem principal Chance Gardener
que, não sabendo ler ou escrever, tem como educadora a programação da tv, chegando
ao ponto de imitar inesperadamente as cenas dos programas e filmes. Sua
inocência e simplicidade passa a ser admirada por todos, especialmente depois
do seu contato com o presidente, através de aconselhamentos simples,
relacionados ao seu ofício de jardineiro, e que foram citados num discurso
oficial pelo próprio presidente. A partir desse momento seu reconhecimento é
ampliado; todos querem conhece-lo ou tomar seus conselhos.
A imagem do jardineiro representa a
sociedade degenerada e manipulada pela mídia que, em plena ascensão no século
XX, fascina e encanta seus consumidores. Este fascínio permite uma forte
influência da mídia no comportamento dos indivíduos com relação à economia,
política, ou mesmo nas relações interpessoais.
O contraste entre o simples e o complexo, o
não-instruído e o intelectual, o senso comum e a ciência, fascina e surpreende
a muitos, permitindo um diálogo - nem sempre pacífico, devemos reconhecer - mas
contribui imensamente para o desenvolvimento social, técnico e para as relações
humanas. Isto permite fazer uma associação entre a ciência – esta, vista como
um conhecimento oficial através de sua investigação – e o senso comum, que por
sua vez, representa o conhecimento que parte da experiência popular, sem base
científica, mas que serve como ponto de partida para a investigação rigorosa.
As diferenças entre o discurso científico e
o senso comum podem ser identificadas no filme na relação estabelecida entre
Chance e Bem, um homem idoso e enfermo, com uma grande fortuna cujos recursos
são voltados para o tratamento e manutenção da sua saúde. Enquanto um levava
uma vida simples e desprendida de ideias e opiniões complexas acerca de
assuntos como economia e política, o outro, mesmo vencido pela doença, mostrava
conhecimento e interesse aguçados.
O estilo de vida adotado pelo jardineiro,
diferente daquele que deposita toda sua confiança no dinheiro e nas coisas que
ele pode proporcionar, é baseado no convívio e na lida com os aspectos mais
simples e ordinários do dia a dia. Mesmo com o contato com outras realidades
distintas da sua, Chance não altera seu modo de ser e se portar diante da
realidade e das pessoas com quem manteve contato. Tal comportamento pode ser
interpretado como o resultado de uma fé desprendida de apegos à fama, ao dinheiro
e outros aspectos que normalmente corrompem a conduta de qualquer homem.
O enredo desenvolvido na trama, em que um
jardineiro perde seu trabalho, juntamente com sua moradia, e parte numa
aventura sem destino, pode apresentar deficiência na apresentação da linha
limite entre ficção (consideremos os elementos que fogem drasticamente da
realidade) e realidade (elementos perfeitamente aceitáveis nos padrões
normais). Isso pode ser identificado na forma repentina com que o jardineiro
conhece e é aceito no seio de uma família rica; a rapidez do seu reconhecimento
nacional, através do contato com o presidente; ou ainda, ao final do filme,
quando o jardineiro aparentemente anda sobre as águas num local muito próximo
ao sepultamento do personagem Ben, e não é visto por ninguém, ou seja, uma cena
extraordinária, surreal, que pode até comprometer o tom de normalidade de todas
as outras cenas.
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O
nome da Rosa
Mário
1 Quais os pressupostos, desde a
perspectiva da Filosofia da Ciência de Rubem Alves, para o entendimento da
concepção de ciência do filme: O Nome da Rosa, e para a concepção de fé
(existe?)?
A investigação criminal, com o surgimento
de evidências e proposições; A elaboração de discursos dessas proposições e
evidências; O levantamento e debate de teorias acerca da investigação; Exame e
coleta de provas; Exame minucioso dos cadáveres; Os embates filosóficos entre
os personagens acerca de outros temas referentes a igreja, a ciência e a fé.
Enfim, o método empírico e analítico.
A concepção de fé existe; seus pressupostos
são: o ambiente, o mosteiro; o discurso religioso entre três grandes ordens da
Igreja: Dominicanos, Franciscanos e Beneditinos; a reflexão sobre o tribunal da
inquisição.
2 Desde Rubem Alves, em que você criticaria
o filme.
O conhecimento, a ciência, a filosofia eram
coisas perigosas. É uma das principais mensagens que o filme, erradamente
passa; o pensamento que predomina, e que queria continuar predominando, impedia
que o conhecimento fosse acessível a quem quer que seja, salvo os escolhidos.
No filme, a biblioteca era um lugar perigoso, (o conhecimento) era um labirinto
e quem conseguisse chegar até o final dele era morto. Só alguns tinham acesso.
A Igreja restringia assim o conhecimento, tomando para si o monopólio da
ciência, da filosofia. Essa perspectiva da Igreja tem a ver com o pensamento
dominante da Idade Média, dominado pela igreja. A informação restrita a alguns
poucos representava o domínio e o poder. É o que se prega como a idade das
trevas, em que a Igreja deixava na ignorância todos os outros.
Mas não é bem assim; esquece-se de que a
Igreja foi, nessa época, e até hoje o é também, a grande guardadora do depósito
da fé e do conhecimento. A riqueza das grades curriculares das universidades
deve-se a santa Igreja Católica, que zelou, propagou e criou grandes obras.
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Matrix e a obra Filosofia da
Ciência - Introdução ao jogo e suas regras, de Rubem Alves
Fagner
Matrix é um filme com forte temática filosófica, cujo
objetivo é desmistificar uma realidade aparente na qual a sociedade inteira
vive. Tal “realidade”, nomeada Matrix, seria
uma grande máquina capaz de usar as energias humanas. Alegorias como estas já
foram usadas largamente ao longo do tempo, um exemplo destas é a “Caverna de
Platão”, cujo temário diz respeito a liberdade proporcionada pela descoberta de
uma ilusão vivenciada na caverna, através do sair da mesma. No livro Filosofia da Ciência - Introdução ao jogo e
suas regras, de Rubem Alves, encontram-se também menções acerca da relação
entre verdade e equívocos, esta científica e esses vindos do senso comum.
Rubem Alves
fala de uma necessária “desmistificação do cientista”, que, no pensar dele,
colocou-se acima de qualquer conhecimento, “absolutizando” a verdade. No filme
mencionado há um mundo ilusório (Matrix) e
uma realidade, sabidos por poucos. Neste sentido, tomando a posição de Alves e
de tal filme, pode-se fazer uma relação entre o momento em que a pesquisa é
inexistente (ilusão) e o momento em que a pesquisa passa a existir (verdade); a
diferença é que, em Rubem Alves, a busca cientifica nasce da necessidade, de
uma problemática, e na Matrix, o
processo de verdade é desencadeado por outrem (Morpheus).
No filme não
há exclusão das dúvidas em relação ao mundo – o protagonista (Neo) era cheio
delas – este é um ponto comum com a obra de Rubem Alves, pois nela as pessoas
podem se debruçar sobre a pesquisa, a partir de um problema, e encontrar a
solução (verdade). Este autor sugere que o leitor busque o desconhecido, a
pergunta “O que é o desconhecido?” seria o início de uma solução, na linguagem
do filme, de uma libertação.
Assim, vê-se a
ciência como indiscutivelmente necessária e reveladora da verdade, tanto em Matrix quanto em Rubem Alves.
Entretanto, vê-se também que ela deve ser usada para o serviço de todos,
instrumento de libertação para as pessoas, de conhecimento constante; na Matrix, numa quebra de sistemas, e em
Rubem Alves, numa quebra de paradigmas.