·
Preocupação primeira com
aquilo que é ciência e o que não é. Para isso Popper usa como critério o
principio da falseabilidade. Essa demarcação rejeita a lógica indutiva e os
puros dados da observação sem teoria. Com isto, todo conhecimento é provisório.
Para Kuhn, a demarcação usada como critério para Popper não constitui um
problema epistemológico, mas concorda com a inadequação do método indutivo de
que as teorias e aplicações não são aceitas por consistência lógica ou
embasamento lógico, mas sim por razões sociais e pelo consenso da comunidade
científica.
·
O que é científico para
Popper não o é para Kuhn e vice versa. Kuhn expressa o paradigma e Popper a
falseabilidade. Para Popper os cientistas são críticos e estão sempre pondo
suas teorias à prova, estando dispostos a alterar ou rejeitar sua inspiração,
colocando em questão a validade da teoria vigente. Em Kuhn o cientista resiste
a qualquer nova teoria e não está aberto à crítica. Ao contrário de pôr sua
teoria a prova ele a protege e procura eliminar tudo o que passa colocando em
dúvida sua eficácia, a fim de reafirmá-la.
·
Para Popper o trabalho
do cientista é norteado por um método crítico e racional; já para Kuhn, o fator
determinante para o progresso da ciência está na prática da comunicação
científica.
·
A eficácia de uma nova
teoria substitui o paradigma anterior. Kuhn rejeita, então, a lógica popperiana
e a questão da universalidade.
·
Em síntese, Popper
privilegia a lógica em detrimento das questões psicológicas e sociológicas de
kuhn.
·
Popper define a
falseabilidade como critério que demarca uma teoria. Em Kuhn a experiência mal
sucedida nem sempre é determinante na refutação de uma teoria (paradigma). Já
em Popper a experiência será sempre o fator determinante.
·
A verdade não é
absoluta, mas objetiva, ou seja, basta corresponder aos fatos mesmo que não se
disponha de critérios que possibilite reconhecê-la como tal. Para Popper não
existe critérios de progresso em direção à verdade. Kuhn discorda de Popper
quando põe em cauda a ideia de verdade como correspondência aos fatos e de
considerá-la como meta final da ciência. A verdade de uma teoria só pode ser
estabelecida nos limites de cada paradigma.
·
Para Popper o
conhecimento científico é essencialmente progressivo. O resultado da atividade
critica do cientista é aumentar o conhecimento científico. O progresso é o
avanço, na modificação do conhecimento anterior. O conhecimento se dá de forma
que a teoria dar lugar a outra que tendo sido submetida a vários e rigorosos
testes, apresenta melhor resultado que a anterior não dava e propõe novos
problemas.
·
Kunh distingue momentos
do progresso da ciência: normal e extraordinária: na ciência normal ele
constata a existência de um progresso cumulativo reconhecendo o progresso das
teorias vigentes. Na ciência extraordinária existe uma descontinuidade
conceitual as mudanças revolucionárias envolvem descobertas que não podem ser
acomodadas ao paradigma anterior.
Ex.:
Transição da física aristotélica para a newtoniana que não se dá de forma
cumulativa, mas apresenta descontinuidade.
Assim
não se pode passar do antigo ao novo conhecimento por correção ou acréscimo ao
que já era conhecido.
·
Dessa forma os
cientistas de correntes distintas, nenhuma observação de um mesmo objeto, podem
apresentar resultados distintos. Então a comunicação entre os dois grupos só
acontece através de uma conversão de um ao outro.
·
A opinião de Popper é
diferente de Kunh com relação ao processo de mudança científica. Em Popper a ciência
está no modo básico e constante “revolução permanente”, basta que aconteça uma
significativa revolução para constituir uma revolução dessa ordem.
·
Em Kuhn diferentemente
de Popper, na maior parte do tempo do empreendimento científico é dedicado à
ciência normal ou cumulativa e se dá de forma esporádica.
Frei: Messias, Mário Josué, Robson José, Paulo
Henrique.
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