martedì 28 ottobre 2014

Confronto das ideias de Popper e Kuhn




·         Preocupação primeira com aquilo que é ciência e o que não é. Para isso Popper usa como critério o principio da falseabilidade. Essa demarcação rejeita a lógica indutiva e os puros dados da observação sem teoria. Com isto, todo conhecimento é provisório. Para Kuhn, a demarcação usada como critério para Popper não constitui um problema epistemológico, mas concorda com a inadequação do método indutivo de que as teorias e aplicações não são aceitas por consistência lógica ou embasamento lógico, mas sim por razões sociais e pelo consenso da comunidade científica.
·         O que é científico para Popper não o é para Kuhn e vice versa. Kuhn expressa o paradigma e Popper a falseabilidade. Para Popper os cientistas são críticos e estão sempre pondo suas teorias à prova, estando dispostos a alterar ou rejeitar sua inspiração, colocando em questão a validade da teoria vigente. Em Kuhn o cientista resiste a qualquer nova teoria e não está aberto à crítica. Ao contrário de pôr sua teoria a prova ele a protege e procura eliminar tudo o que passa colocando em dúvida sua eficácia, a fim de reafirmá-la.
·         Para Popper o trabalho do cientista é norteado por um método crítico e racional; já para Kuhn, o fator determinante para o progresso da ciência está na prática da comunicação científica.
·         A eficácia de uma nova teoria substitui o paradigma anterior. Kuhn rejeita, então, a lógica popperiana e a questão da universalidade.
·         Em síntese, Popper privilegia a lógica em detrimento das questões psicológicas e sociológicas de kuhn.
·         Popper define a falseabilidade como critério que demarca uma teoria. Em Kuhn a experiência mal sucedida nem sempre é determinante na refutação de uma teoria (paradigma). Já em Popper a experiência será sempre o fator determinante.
·         A verdade não é absoluta, mas objetiva, ou seja, basta corresponder aos fatos mesmo que não se disponha de critérios que possibilite reconhecê-la como tal. Para Popper não existe critérios de progresso em direção à verdade. Kuhn discorda de Popper quando põe em cauda a ideia de verdade como correspondência aos fatos e de considerá-la como meta final da ciência. A verdade de uma teoria só pode ser estabelecida nos limites de cada paradigma.
·         Para Popper o conhecimento científico é essencialmente progressivo. O resultado da atividade critica do cientista é aumentar o conhecimento científico. O progresso é o avanço, na modificação do conhecimento anterior. O conhecimento se dá de forma que a teoria dar lugar a outra que tendo sido submetida a vários e rigorosos testes, apresenta melhor resultado que a anterior não dava e propõe novos problemas.
·         Kunh distingue momentos do progresso da ciência: normal e extraordinária: na ciência normal ele constata a existência de um progresso cumulativo reconhecendo o progresso das teorias vigentes. Na ciência extraordinária existe uma descontinuidade conceitual as mudanças revolucionárias envolvem descobertas que não podem ser acomodadas ao paradigma anterior.
Ex.: Transição da física aristotélica para a newtoniana que não se dá de forma cumulativa, mas apresenta descontinuidade.
Assim não se pode passar do antigo ao novo conhecimento por correção ou acréscimo ao que já era conhecido.
·        Dessa forma os cientistas de correntes distintas, nenhuma observação de um mesmo objeto, podem apresentar resultados distintos. Então a comunicação entre os dois grupos só acontece através de uma conversão de um ao outro.
·        A opinião de Popper é diferente de Kunh com relação ao processo de mudança científica. Em Popper a ciência está no modo básico e constante “revolução permanente”, basta que aconteça uma significativa revolução para constituir uma revolução dessa ordem.
·        Em Kuhn diferentemente de Popper, na maior parte do tempo do empreendimento científico é dedicado à ciência normal ou cumulativa e se dá de forma esporádica.

Frei: Messias, Mário Josué, Robson José, Paulo Henrique.

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