lunedì 12 maggio 2014

Alguns aspectos da pregação de Luther



Quão conhecida é a opera omnia di Lutero no meio religioso? Católicos e evangélicos: quanto conhecer da teologia luterana? Aqui queremos propor alguns trechos polêmicos. convém ressaltar que trechos polêmicos também aparecem em autores catolicamente ortodoxos, como Tertuliano ou Tommaso D’Aquino, mas isto é uma outra questão.
A fim de evitar possíveis alegações de que os trechos citados abaixo são tirados do contexto e, portanto, não podem ser confiáveis como representações precisas do pensamento de Lutero, fornecerei uma referência indicando onde cada trecho pode ser encontrado. Você verá que nenhuma dessas passagens dizem nada além do que aparece aqui. Uma outra objeção é que outros escritos de Lutero podem contradizer algumas das ideias que você encontrará aqui. Convém, todavia, responder que auto-contradição não torna um indivíduo mais coerente, mas menos.
O primeiro texto proposto foi extraído de Tischredden, Conversas à Mesa, n° 1472, Ed. de Weimar, Vol. II, p. 107, apud F.F. Brentano, Martim Lutero, Rio de Janeiro, Ed. Vecchi, 1956, p. 15:
Cristo cometeu adultério pela primeira vez com a mulher da fonte, de que nos fala São João. Não se murmurava em torno dele: ‘Que fez, então, com ela?’, depois com Madalena, depois com a mulher adúltera, que ele absolveu tão levianamente. Assim Cristo, tão piedoso, também teve de fornicar antes de morrer.
Um segundo texto, passível de variável interpretação é a Carta n° 99 (referencia completa: (Que os vossos pecados sejam fortes, O Projeto Wittenberg, O Segmento Wartburg, de Saemmtliche Dr. Martinho Lutero Schriften, Carta n º 99, 1 de agosto de 1521)
Seja um pecador, e deixe os que vossos pecados sejam fortes, mas deixe que vossa confiança em Cristo também seja forte, e nos glorificamos em Cristo que é a vitória sobre a morte, o pecado e o mundo. Nós cometemos pecados enquanto estamos aqui, pois esta vida não é um lugar onde resida a justiça … Nenhum pecado pode nos separar d’Ele, mesmo se estivéssemos a matar ou cometer adultério milhares de vezes por dia”.
Como alguns interpretam, a afirmação acima parece sustentar que as nossas ações – mesmo as ações mais pecaminosas que se possam imaginar – não importam; que se pode cometer qualquer pecado – intencionalmente, presunçosamente, propositadamente – e não si ofende a Deus! Afinal, não precisa-se de nada mais do que a “fé” para ser salvo. O que se faz é incidental. É claro que qualquer pessoa familiarizada com as Escrituras salientaria que esta não é uma doutrina cristã. Por toda a Bíblia lemos que o pecado nos separa de Deus (Is 59,1-2). Nenhum fiel tem uma licença para pecar, aqueles que voluntariamente se entregam ao pecado serão julgados no Tribunal do Juízo de Cristo (Rm 12,14).
O texto seguinte, toca uma questão nevrálgica: o livre arbítrio. E foi extraído da redação, Escravidão da Vontade: Martin Luther:.. As seleções de seus escritos, ed por Dillenberger, Anchor Books, 1962 p. 190
No que diz respeito a Deus, e em tudo o que traz a salvação ou condenação, (o homem) não tem ‘livre arbítrio’, mas é um prisioneiro, cativo e escravo, quer da vontade de Deus, ou da vontade de Satanás.
Ou ainda, Ibid., p. 188: “Nós fazemos tudo por necessidade, e nada pelo ‘livre arbítrio’, pois o poder de ‘livre arbítrio’ é nulo”. e, enfim, um trecho de sua obra famosa, De Servo Arbitrio, 7, 113s.:
O homem é como um cavalo. Deus  por acaso salta na sela? O cavalo é obediente e se acomoda a todos os movimentos do cavaleiro e vai para onde ele o quer. Será que Deus derruba as rédeas? Assim, Satanás pula no lombo do animal, que se dobra, anda e se submete à esporas e caprichos do seu novo piloto … Portanto, necessidade, não o livre arbítrio, é o princípio de controle do nosso comportamento. Deus é o autor do que é mal, bem como do que é bom e, assim como Ele dá a felicidade àqueles que não a merecem, Ele também maldiz aqueles que merecem o seu destino.
Estes trechos passagens vêm do tratado luterano, intitulado De Servo Arbítrio ou, Cativeiro da Vontade, no qual o grande reformador trabalha arduamente para apresentar o caso em que o livre-arbítrio não existe. Todavia, em Eclo 15,11-20, afirma-se:
Não digas: ‘Foi por feito de Deus que eu caí: pois o que ele odeia, ele não faz’. ‘Não digas: ‘Foi ele quem me pôs perdido, pois ele não tem necessidade de homens ímpios’ … Quando Deus, no início, criou o homem, ele o fez sujeito de sua própria escolha livre. Se você escolhe, você pode guardar os mandamentos … Há  diante de ti fogo e água; qualquer um que escolhas, estendas a tua mão. na mesma linha vai Deut 30,19-20: Coloco diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição. Escolhe a vida, então, que tu e teus descendentes possam viver, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo sua voz, e apegando-te, a ele.
Podem ser citados outros textos, como Gn 4,7, onde Deus fala a Caim: Por que está tão ressentido e desapontado. Se você faz bem, você pode manter sua cabeça erguida, mas se não, o pecado é um demônio espreita à porta: seu impulso é para você, mas você pode ser seu mestre.
Sobre a questão da submissão do fiel a uma qualquer autoridade, o Reformador sentenciou no texto A liberdade de um cristão” em, Martin Luther: Seleções de seus escritos, Ed. por Dillenberger, Anchor Books, 1962 p. 63
Cada cristão é por fé tão exaltado acima de todas as coisas que, por força de um poder espiritual, ele é o senhor de todas as coisas, sem exceção, de modo que nada lhe pode fazer mal nenhum. Por uma questão de fato, todas as coisas são subordinadas a ele e são obrigadas a servi-lo na obtenção de salvação.
Lutero parece ensinar que não há necessidade de mediador entre Deus e o fiel. Assim, ele se opõe à autoridade eclesiástica, e a hierarquia que a exerce. como foi afirmado no início deste texto, os trechos citados acima são passiveis de interpretações. A finalidade, aqui, é instigar o leitor à consulta da fonte, à aceitação iluminada do convite: sapere audi!

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