1 – Algumas considerações preliminares
1.1 - Antes de mais nada, expresso minha alegria e
gratidão a Deus que possibilita este primeiro encontro entre os pastores
sinodais da IECLB e representantes da CNBB. Os dois grêmios são
diretamente responsáveis pela definição e promoção da missão que Deus
quer realizar em sua igreja e através dela.
1.2 - Em nosso contexto globalizado, os desafios missionários estão se tornando maiores do que uma igreja sozinha possa abraçar:
- pois, dos 6 bilhões da população nada menos do que 4 bilhões vegetam
abaixo da linha de pobreza, segundo informação do próprio FMI;
- a Rede Globo difunde, em horário nobre via novela, ensinamentos islâmicos e espíritas;
- segundo recente pesquisa da Veja, 98 % da população brasileira afirma crer em Deus;
- contudo, apesar do crescimento populacionais igrejas históricas, via
de regra, registram uma estagnação se não regressão do número de seus
membros, enquanto movimentos, de caráter neopentecostal e carismático,
crescem impressionantemente;
- as perguntas pela ética no campo da bio-tecnologia, da política
econômica e da convivência transcultural ou intercultural estão
assumindo dimensões globais. Não podem ser respondidas individualmente,
nem por uma só igreja, nem por um só povo.
1.3 - Por isso, além do mandato que o próprio Cristo
nos deixou em Jo 17.21, a realidade atual clama pela união de forças e
recursos os mais diferentes.
Acerca da complexidade do momento atual do diálogo ecumênico reflete Gottfried Brakemeier em seu artigo Ecumenismo – repensando significado e abrangência de um termo, publicado na revista “Perspectiva Teológica, ano XXXIII, nº 90, 2001, p 195-216. Devo a ele algumas importantes ins-pirações.
Dada a amplitude do assunto, ouso apenas tecer alguns aspectos que julgo marcantes, desde a assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação,
celebrada a 31/10/1999 em Augsburgo. Faço esta tentativa, obviamente, a
partir de minha percepção na IECLB, filiada ao CONIC, ao Clai, à FLM e
ao CMI.
2 – Caminhada ecumênica entre avanços e retrocessos
2.1 - A eufórica alegria que caracterizou o evento da assinatura conjunta teve
ecos também no Brasil. Houve celebrações ecumênicas em diversas
comunidades da IECLB, como, p. ex., Porto Alegre e São Paulo. Em
Brasília houve mesmo uma celebração de assinatura conjunta da versão
brasileira.
2.2 - Essa alegria foi turvada e esfriada por notícias
e publicações do Vaticano como, por exemplo, “Dominus Iesus”, a
beatificação do Papa Pio IX, a reinterpretação do documento sobre
indulgências e a reinsistência no celibato ministerial.
2.3 - Simultaneamente acontece que todas as igrejas
históricas estão enfatizando o planejamento missionário, o que pode
contribuir para uma maior estagnação de seu envolvimento ecumêncio.
2.4 - Também me pergunto, como alguém que olha o
Vaticano a muita distância, se atrás do fato de o Papa João Paulo II,
apesar de sua fraqueza física, se manter no cargo não esteja o interesse
de um grupo muito forte que persegue seus interesses
político-eclesiásticos.
2.5 - Com muita gratidão registro um belo exemplo do
espírito ecumênico vivenciado pela comissão bilateral de diálogo,
reunida nos dias 7-8/09/1999, no seminário de estudos sobre “Ministério e
Ministérios Eclesiais”. Diante da recente publicação de ‘Dominus Iesus’
ela manifestou sua estranheza com esta declaração e, apesar disso,
reafirmou seu propósito de continuar comprometida com a causa ecumênica.
A Presidência da IECLB e a conferência dos pastores sinodais
ratificaram o posicionamento. A mesma postura confirmadora do empenho
ecumênico demonstrou a Conferência de Bispos e Presidentes das igrejas
luteranas da América Latina, da América Central e do Caribe, filiadas à
FLM.
3 – Em busca por redefinições
3.1 - Estamos em busca por uma redefinição do que vem a
ser ecumenismo. Ela vai refletir e evidenciar os objetivos do mesmo.
São antigas as polarizações entre ecumenismo de cúpula e ecumenismo de
base, ecumenismo doutrinário e ecumenismo voltado à práxis. Entrementes
deve ter ficado claro que se trata de ênfases distintas mas
necessariamente complementares. Caso contrário o ecumenismo se desvirtua
em pragmatismo ou em relativismo e perde toda identidade.
3.2 - No rastro da globalização da pluralidade
pós-moderna, associou-se ao desejo pela unidade da Igreja, que
caracterizava os primeiros tempos do CMI e inclusive o Vaticano II,
também o desejo pela unidade da humanidade. Fala-se em ecumenismo das
culturas, ecumenismo cultural e político, ecumenismo social e em
ecumenismo planetário. Ao diálogo ecumênico se associa o diálogo
interreligioso e intercultural em sua distição e interrelação. Surge a
pergunta se a palavra ecumenismo ainda se presta em vista da amplitude
dos desafios ou se não seria melhor falar em “Comunhão de Igrejas” a
exemplo da FLM e mesmo em “macro-ecumenismo”.
3.3 - Com essas ampliações de conceituação sua
tradicional fundamentação cristológica reclama um embasamento
trinitário. O trino Deus é Senhor do mundo (Sl 24.1; Jo 1) e da Igreja. A
comunhão tem nele sua origem e vocação. Na ‘koinonia’ há parentes mais
próximos e outros mais distantes. Jesus manda amar a todos, inclusive os
inimigos (Mt 5.44).
3.4 - Não podemos jogar um tipo de ecumenismo contro
um outro, ou seja, o doutrinal contra o pragmático, ou do clero contra o
da base. Importa resgatar o significado trinitário de Igreja e de
criação, de passado, presente e futuro da humanidade. Na ecumene
interreligiosa deve valer a mesma distinção e relação entre parceiros
mais próximos e outros mais distantes. O imperativo consiste na busca de
entendimentos, da amizade, da cooperação em meio às diferenças, salvo
em casos de organização criminosa a exemplo de 11/09/2001.
3.5 - Devemos cuidar para não confundir ‘missão’,
caracterizada pelo convite à fé em determinada igreja, com ‘ecumenismo’
que consiste na busca por paz e comunhão mediante reconciliação e
compatibilização de diferenças. Ambas precisam cultivar a postura
dialogal por causa da consciên-cia da fragmentariedade do conhecimento
humano (1 Co 13. 8-10).
3.6 - Será uma questão de sobrevivência da humanidade e
do planeta achar formas de comunhão com os de perto e de longe. Elas
implicam perdão dos pecados, conversão à verdade e aprendizagem de
misericórdia. Já que a comunhão plena permanece esperança escatológica
empenhamo-nos hoje pela colocação de sinais concretos da nova comunhão. É
nesse sentido que pretendo listar alguns aspectos da atualidade.
4 – Alguns sinais da comunhão ecumênica da atualidade
4.1 - Inicialmente, trago alguns fatos práticos:
a) Relembro as celebrações católico-luteranas após a assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação;
b) - há 23 anos, o bairro Vale do Selke, na cidade Pomerode-SC, caminha
ecumenicamente, reunindo evangélicos luteranos e católicos num mesmo
templo... e compartilhando a mesma infra-estrutura, bem como várias
atividades. (ver anexo, Jornal O Caminho);
c) no ano passado, realizei o ato de ordenação de uma diácona da IECLB
na igreja católica, em Paracatu, Minas Gerais, com ampla participação de
ambas as denominações;
d) em 30 de dezembro de 2000, realizei a ordenação de um pastor
proveniente de um seminário católico que, após o estudo de atualização e
o período prático de habilitação ao ministério, agora é pastor de uma
páróquia da IECLB.
São exemplos concretos de nosso ecumenismo católico-luterano.
Poderíamos acrescentar experiências de cooperação semelhante com outras
denominações. Neste aspecto, por exemplo, é muito importante a
cooperação com a Igreja Metodista na área da educação teológica no
Instituto Ecumênico de Pós-Gradução em São Leopoldo e São Paulo.
4.2 - Estas experiências são frutos de uma semeadura,
de uma já longa caminhada de cooperação em causas comuns que fomos
ensaiando. Desde os anos 50, houve diálogos bilaterais entre teólogos na
Grande Porto Alegre. Há mais de 30 anos, as comunidades luteranas,
católicas, metodistas e episcopais de P. Alegre promoveram a criação e a
manutenção do SICA-Serviço Interconfessional de Aconselhamento. Em
Porto Alegre também aconteceram os encontros mais significativos que
levaram à criação do CONIC-Conselho Nacional de Igrejas Cristãs. Em
muitas comunidades se realizam anualmente as semanas de oração pela
unidade dos cristãos onde participam católicos, luteranos das duas
igrejas, Assembléia de Deus e outras denominações. Nos anos do regime
militar, as igrejas, pressionadas por desafios da coletividade, deixaram
em segundo plano suas diferenças teológicas e somaram forças no empenho
por justiça e paz, na Comissão de Pastoral da Terra, nas Comunidades
Eclesiais de Base, em favor da reforma agrária. Criamos um serviço de
assistência aos pequenos agricultores (CAPAs), que trabalha em base
ecumênica, também em projetos de saúde, nutrição e medicina alternativa.
4.3 - As tarefas práticas, portanto, tiveram bastante
peso e contribuíram para a aproximação. Mas simultaneamente prosseguem
os diálogos teológicos entre a IECLB e a Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil. Esses encontros tiveram novo impulso através do debate em
torno da Doutrina da Justificação pela Fé e após a assinatura conjunta
deste documento. Além dos encontros regulares da comissão bilateral, ela
organizou nos anos recentes três seminários de estudo: o primeiro,
sobre a doutrina da justificação pela fé (1996); o segundo, sobre a
hospitalidade eucarística (1998); o terceiro, sobre os ministérios
(2000). Estão em andamento diálogos bilaterais também com a Igreja
Episcopal Anglicana do Brasil. Com ela a FLM está realizando, nestes
dias, um seminário sobre a questão do ministério e a sucessão
apostólica. Além de diálogos, programa de publicações e seminários de
estudo, temos um convênio de cooperação com a Igreja Evangélica Luterana
do Brasil que se concretiza, por exemplo, na publicação de 70 mil
devocionários diários Castelo Forte, obras de Lutero e confecção de
programas televisionados para o Dia da Reforma. Estamos dialogando com
ela sobre a possibilidade de comunhão de altar e de púlpito.
4.4 - Paralelamente aos diálogos teológicos oficiais,
foram surgindo iniciativas ecumênicas em outras áreas. Cresceram as
co-edições entre editoras e a cooperação na área da comunicação como na
União Cristã Brasileira de Comunicação. Participamos de entidades
diaconais como a CESE-Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Salvador, BA) e
a Diaconia (Recife, PE) que trabalham ecumenicamente em projetos de
desenvolvimento visando amenizar o sofrimento dos segmentos mais
carentes do povo. Cooperamos também no CESEP-Centro Ecumênico de
Serviços à Evangelização e Educação Popular, no CEBI/CECA-Centro
Ecumênico de Evangelização, Capacitação e Assessoria; CEBEP-Centro
Ecumênico Brasileiro de Estudos Pastorais, na CELADEC-Comissão
Evangélica Latino-Americana de Educação Cristã. Sem querer ser completo
não posso esquecer as boas contribuições à fraternidade ecumênica
trazidas pelo Movimento dos Focolares, com o qual temos boas relações
pessoais. Além de integrar o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, a
IECLB participa da Sociedade Bíblica do Brasil. A divulgação da Bíblia
constitui uma base comum muito forte e essencial para a missão cristã no
mundo de hoje. Fortaleceu-se também a presença evangélica na
ADCE-Associação de Dirigentes Cristãos de Empresas, e quero destacar a
importância de as igrejas, apesar da opção preferencial pelos pobres,
acompanharem com orientação ético-pastoral os líderes da economia.
4.5 - Estamos conscientes de que grandes contingentes
ficam à margem do envolvimento ecumênico ou mesmo o julgam como traidor
do evangelho. Várias igrejas neo-pentecostais, de linha evangelical,
carismática, são avessas ao ecumenismo com as denominações protestantes
históricas e principalmente com o catolicismo.
4.6 - De modo geral, considero importante essa
proliferação ecumênica. Como cristãos e cidadãos, todos afetados pela
globalização econômica, devemos nos dar conta de que estamos no mesmo
barco. Precisamos crescer em direção a propósitos comuns, maior
solidariedade, maior comunhão e unidade. Os grandes organismos
ecumênicos em Genebra estão caminhando nesta direção. A Federação
Luterana Mundial, desde há décadas, busca tornar-se cada vez mais uma
comunhão de igrejas solidárias. E nisso estende a mão à Associação
Mundial de Igrejas Reformadas (WARC) e ao Conselho Mundial de Igrejas,
com o qual desenvolve iniciativas comuns, por exemplo o programa
ACT-Action of Churches Together, para serviços de auxílio em calamidades
internacionais. Neste serviço diaconal, por sua vez, há cooperação com a
ONU e com organizações não-governamentais. No planejamento das grandes
assembléias, também há estudos para uma melhor coordenação de eventos e
temas. A tendência, portanto, vai no sentido de uma maior sincronização.
4.7 - Acho que isso seria importante também para nós,
na América Latina. Muitas vezes, temos oportunidade de nos encontrar nos
Estados Unidos ou na Europa. Precisamos fortalecer as relações sul-sul.
Isso pode acontecer através do incremento de parcerias, pelo
intercâmbio de estudantes, professores e obreiros, como já o estamos
praticando principalmente nos países do MERCOSUL. Como luteranos,
anualmente realizamos a COP-Conferência de Bispos e Presidentes da
América Latina e Central. Seria desejável que sempre tivéssemos um
participante do CLAI, ou um hóspede católico.
4.8 - Aumentam os desafios que precisam ser
enfrentados em esforço conjunto, ou seja, por todos os segmentos da
sociedade mundial. Penso, por exemplo, nas novidades sobre o mapeamento
do genoma humano, nas clonagens, nas possibilidades de manipulação
genética de plantas, animais e pessoas humanas. Na área da biogenética
há novidades que já não são amparadas por estudos teológicos nem por
legislação adequada. As descobertas científicas surgem aos saltos, mas a
legislação carece de debates e está vinculada a processos de
aprendizagem, de ritmo biológico. Como cristãos, devemos participar mais
significativamente da política e como igrejas nos cabe a tarefa de
acompanhar e orientar o trabalho de nossos cientistas e governantes,
responsáveis pelo bem-estar da coletividade, da vida digna tanto da
humanidade quanto do planeta. Devemos valorizar e comprometer todas as
religiões, entidades governamentais e não governamentais bem como toda a
sociedade civil, por causa do mandato que o trino Deus nos legou como
seus mordomos e cooperadores.
5 – Concluindo
reafirmo a necessidade de continuarmos e intensificarmos o nosso
empenho ecumênico aqui no Brasil e no nível sul-sul. Penso que devemos a
Deus, às igrejas e demais religiões, às culturas e a toda a criação
esta nossa contribuição.
Pastor Presidente da IECLB - Huberto Kirchheim
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Comissão Internacional Anglicana/Católico Romana
(ARCIC III)
A Comissão Internacional Anglicana/Católico Romana (ARCIC), orgão
official de diálogo teológico criado pelas duas comunhões, reaulizou a
terceira reunião de sua nova fase (chamada ARCIC III) no Mosteiro de São
Bento, no Rio de Janeiro, de 29 de abril a 7 de maio de 2013. Foi a
primeira vez em sua história de quarenta anos que a ARCIC se reuniu na
América Latina e, mais precisamente, no hemisfério sul.
Os membros da Comissão são gratos a Dom Filipe da Silva OSB, abade do
Mosteiro, e sua comunidade pela generosa hospitalidade. A Comissão
participou todos os dias da oração vespertina e, no domingo, da missa
celebrada na igreja do Mosteiro. A comunidade do Mosteiro, por sua vez,
intercedeu diariamente pelos trabalhos da Comissão.
Vários textos foram preparados para a reunião. A discussão desses
textos ajudou a Comissão a prosseguir rumo ao objetivo de produzir uma
declaração conjunta. Nesta terceira fase, a Comissão tem o mandato de
explorar a igreja como comunhão, local e universal e como – em comunhão – a igreja local e universal chega ao discernimento do ensino justo em questões éticas.
Em cumprimento a esse mandato, os membros da comissão se dedicaram à
análise teológica e à reflexão compartilhada sobre a natureza da igreja e
sobre as estruturas que contribuem para o discernimento e a tomada de
decisão. A Comissão dedicou parte do seu tempo a estudos de caso de
questões éticas, preparados pelos membros da Comissão, e à análise dos
modos pelos quais as duas igrejas ensinam atualmente essas questões.
Ao longo de quarenta anos de trabalho, a ARCIC produziu várias
declarações conjuntas. O trabalho da ARCIC I rrecebeu respostas oficiais
das duas comunhões. A Comissão deu continuidade ao trabalho de preparar
os documentos da ARCIC II para apresentá-los às respectivas comunhões a
fim de que eles sejam devidamente recebidos. Foram revisadas as
respostas dadas até agora às cinco declarações conjuntas produzidas pela
ARCIC II. Introduções a essas cinco declarações serão preparadas com o
objetivo de situá-las no contexto ecumênico atual.
A Comissão recebeu em jantar líderes locais das igrejas Episcopal
Anglicana e Católica Romana, entre eles o bispo anglicano Filadelfo
Oliveira e o bispo católico romano Francisco Biasin, bem como membros do
diálogo anglicano/católico romano no Brasil. A ARCIC procura aprofundar
sua relação com as comissões anglicano/católico romanas de diálogo no
nível local e regional. As duas comunhões estão buscando maneiras
concretas de compartilhar documentos e discussões sobre o trabalho da
ARCIC.
Os membros da Comissão visitaram a Cidade de Deus, uma das favelas do
Rio de Janeiro. Eles foram recebidos calorosamente pela paróquia
católica romana local e pelo padre Marcio José de Assis Macedo MSC. O
reverendo Nicholas Wheeler, pároco da paróquia anglicana da Cidade de
Deus, organizou a visita dos membros da Comissão a três projetos da
comunidade – um projeto para pessoas idosas, um centro de
desenvolvimento comunitário, e o projeto de um mural que narra a
história da comunidade através da imagem bíblica da cidade de Deus no
livro do Apocalipse. A polícia local explicou como ela procura trabalhar
positivamente com a comunidade No final do dia foram celebradas
vésperas ecumênicas na Paróquia Anglicana. Ao exprimir sua gratidão, um
dos bispos disse que a única expressão que encontrou para resumir a
visita foi ‘Cidade da Esperança’. A esperança nasce do trabalho
ecumênico concreto (que, sem se envergonhar de sua base cristã, apóia o
bem da comunidade em geral) e da dedicada organização e atividade do
povo da Cidade de Deus.
A Comissão vai preparar outros textos, ampliar os estudos de caso e
continuar seu trabalho com vistas à próxima reunião, prevista para os
dias 12 a 20 de maio de 2014.
MEMBROS DA ARCIC III PRESENTES NA REUNIÃO
Moderadores
Reverendo Bernard Longley, arcebispo de Birmingham, Inglaterra
Reverendo Christopher Hill, bispo de Guildford, Igreja Anglicana, moderador adhoc
Católicos Romanos
Reverendo Robert Christian OP, Universidade Angelicum, Roma
Reverendo Adelbert Denaux, professor emérito, Universidade de Lovaina, Escola Tilburg de Teologia Católica, Utrecht, Holanda
Reverendo Arthur Kennedy, bispo auxiliar, Arquidiocese de Boston, Massachusetts, EUA
Professor Paul D. Murray, Universidade de Durham, Inglaterra
Reverenda Irmã Teresa Okure SHCJ, Instituto Católico da Africa Ocidental, Port Harcourt, Nigéria
Professora Janet E. Smith, Seminário Maior do Sagrado Coração, Detroit, Michigan, EUA,
Reverendo Professor Vimal Tirimanna CSsR, Universidade Alphonsianum, Romea
Reverendo Dom Henry Wansbrough OSB, Abadia de Ampleforth, Inglaterra
Anglicanos
Cônega Doutora Paula Gooder, Birmingham, Inglaterra, Igreja Anglicana
Reverendo Nkosinathi Ndwandwe, Bispo Sufragâneo de Natal, Igreja Anglicana do sul da África
Reverenda Linda Nicholls, bispa de Trent-Durham, Diocese de Toronto, Canada, Igreja Anglicana do Canada
Reverendo Cônego Michael Nai-Chiu Poon, Colégio Teológico da Trindade, Cingapura, Igreja da Província du Sudeste da Ásia
Reverendo Cônego Peter Sedgwick, Colégio São Miguel, Llandaff, País de Gales, Igreja no País de Gales
Reverendo Dr. Charles Sherlock, Diocese de Bendigo, Australia, Igreja Anglicana da ustralia
Reverendo Cônego Jonathan Goodall, Representante do Arcebispo de Cantuária, Inglaterra
Consultor
Reverendo Dr. Odair Pedroso Mateus, Secretariado da Comissão de Fé e Ordem do Conselho Mundial de Igrejas, Suíça
Secretaria
A Comissão tem dois secretários: Cônega Alyson Barnett-Cowan (Sede da
Comunhão Anglicana, Londres) e Monsenhor Mark Langham (Conselho
Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Roma), e o Sr. Neil
Vigers (Administrador, Sede da Comunhão Anglicana, Londres).
em Aparecida
Os bispos católicos romanos do Brasil estão reunidos desde o dia 10
de abril, em Aparecida-SP, para a 51a. Assembleia Geral da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). No dia 16 ocorreu a Celebração Ecumênica
com a presença das seguintes igrejas e organismos: Igreja Episcopal
Anglicana do Brasil (IEAB), Igreja Evangélica de Confissão Luterana do
Brasil (IECLB), Igreja Presbiteriana Independente (IPI), Igreja
Presbiteriana Unida (IPU), Comunidade Carisma, Coordenadoria Ecumênica e
Serviço (CESE) e Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC).Dom Maurício Andrade, bispo Primaz, esteve presente no ato em
companhia do Secretário Geral da IEAB, Reverendo Arthur Cavalcante e do
Reverendo José de Jesus Gonçalves (DASP). A Celebração Ecumênica foi um
momento especial para reafirmar a caminhada das igrejas na Fraternidade.
Dom Maurício fez a homilia baseada no texto de Lucas 24, 13-25 (Os
discípulos de Emaús) e exortou para que todos permaneçam atentos aos
sinais de vida que apontam para o Cristo Ressuscitado. Lembrou da
importância do Encontro Mundial do ARCIC que ocorrerá entre os dias 29
de abril a 06 de maio no Rio de Janeiro. E igualmente assegurou a
presença de representações de jovens da IEAB e da Comunhão Anglicana na Jornada Mundial da Juventude/Rio
de Janeiro, entre os dias 23-28 de julho, da qual o Reverendo Nicholas
Wheeler da Diocese Anglicana do Rio de Janeiro está responsável pela
articulação anglicana.
Na ocasião Dom Maurício Andrade se reuniu com o Arcebispo de São
Paulo Dom Odilo Scherer, com Dom Jacyr Francisco Braido – Bispo da
Diocese de Santos- e com Pastor Presidente da IECLB Dr. Nestor Paulo
Friedrich para informar sobre a situação atual da Diocese Anglicana de
São Paulo. O Bispo Primaz recebeu de todos os líderes votos de
solidariedade ecumênica e apoio total a Igreja Episcopal Anglicana do
Brasil.
Bispo Dom Maurício Andrade teve a oportunidade de ter um rápido
encontro com Dom Celso de Queiroz, ex-membro da Comissão Nacional
Anglicano Católica Romana (CONAC) e que representou a Igreja Católica
Apostólica Romana do Brasil no Encontro IARCCUM, no ano de 2000, em Mississauga/Canadá.
Na mesma noite, o Bispo Primaz foi entrevistado por jornalistas de
canais de televisão ligados a Igreja Católica. Logo após todos os
representantes ecumênicos puderam participar de um jantar com o Cardeal
Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB.
Mulheres Ecumênicas na Comissão sobre o Status das Mulheres: desafios de viver no mundo de Deus Pai/Deus Mãe sem violência de gênero.
As Mulheres Ecumênicas (EM) estão presentes na Comissão das Nações Unidas sobre o Status da Mulher (CSW UN) desde 2000. É uma coalizão internacional de igrejas e organizações ecumênicas junto ao Conselho Econômico e Social da Nações Unidas (ECOSOC).Como organizações baseadas na fé (FBO), elas admitem que, historicamente, algumas instituições e comunidades de fé criaram e perpetraram uma narrativa de subserviência da mulher e meninas, através de seus ensinos e práticas em relação as estruturas patriarcais. Além disso, elas reconhecem a sua responsabilidade e, também hoje, a capacidade de prevenir a violência e defender as mulheres e meninas como criadas à imagem de Deus e iguais aos dos homens e meninos.As Mulheres Ecumênicas (EM), representando 29 países, sendo o Brasil um deles, e 18 Comunidades de Fé, entre elas a Comunhão Anglicana, estavam presentes na quiquagésima sétima reunião sobre o Status da Mulher (CSW57), nas Nações Unidas, durante o periodo de 04 a 15 de março de 2013. Antes desse evento, no dia 02 de março, realizou-se o primeiro encontro em Nova Iorque com o propósito de reunir essas representações para celebração e diálogo em defesa dos direitos das mulheres nos campos político, econômico, civil, social e educacional.A participação das Mulheres Ecumênicas (EM) na Comissão sobre o Status da Mulher é para chamar à atenção sobre as questões vinculadas ao tema da eliminação e prevenção da violência contra mulheres e meninas e sugerir recomendações possíveis a ação, as quais seguem abaixo:- Reconhecem que subjacente a todas as formas de violência existem fatores culturais, estruturais e econômicos que criam desequilíbrio, que humilha e diminui a dignidade de meninas e mulheres. A discriminação de gênero aumenta o risco de violência contra elas que, desde a infância, são ensinadas a normalizar, aceitar e suportar as violências como prática cultural. Aceitar essa discriminação de gênero é ser conivente com a violação de seus direitos humanos.
- A aceitação cultural da discriminação leva à discriminação estrutural. Muitos governos adotamuma legislação nacional pelo fim da violência contra as mulheres, mas não conseguem implementá-la. Mais mulheres devem ser envolvidas nos processos de decisão e os estados devem trabalhar ativamente para prevenir e punir a violência contra as mulheres nos lugares de esfera pública ou privada.
- A discriminação econômica impede as mulheres de contribuir integralmente como agentes econômicos, muitas vezes não são reconhecidas por suas contribuições e são impedidas de participar nas economias locais, regionais e internacionais
- Nós reconhecemos que a violência contra mulheres e meninas é de fato um problema social. A fim de combater as raízes da violência baseada no gênero, todos os setores da sociedade devem trabalhar juntos.
- Devemos prestar atenção especial tambem às necessidades das populações minoritárias: rural, indígena e imigrantes dentro dos Estados que frequentemente enfrentam dificuldades particulares para o combate à violência, devido ao seu isolamento geográfico e relacional de posições e centros de poder. Isso afeta a sua capacidade de acessar os recursos, tais como serviços, educação e informação.
As Mulheres Ecumênicas (EM) apelam a ONU e suas agências especializadas para:- Promover uma plataforma para o diálogo aberto, especialmente para aquelas sociedades onde o silêncio, vergonha e negação impedem que as mulheres e meninas deêm um passo à frente e recebam os subsídios de que necessitam.
- Desenvolver planos de ação nacionais para erradicar o tráfico humano e fazer cumprir os esforços internacionais para com os compromissos estabelecidos no Protocolo da ONU para Prevenir, Suprimir e Punir o Tráfico de pessoas.
- Desenvolver campanhas de sensibilização e mecanismos de informação para a igualdade de gênero.
- Educar homens e meninos sobre as relações respeitosas com as mulheres e meninas.
- Criar e apoiar programas que suportem os direitos, especialmente das mulheres da minoria (rural, indígena, imigrantes), fortalecendo as comunidades e promovendo o bem-estar de todas as pessoas.
- Trabalhar para educação e acesso a dispositivos de saúde reprodutiva, incluindo a contracepção e prevenção de DSTs/HIV/AIDS.
Durante os 14 dias de trabalho, estavam todas confiantes de que compartilhar a voz é um espaço para o ativismo: “eliminação e prevenção da violência contra mulheres e meninas” e que, quando voltassem a suas casas, continuariam com este trabalho para partilhar o que aprenderam umas com as outras e viver os desafios no mundo de Deus Pai/Deus Mãe.Ilcélia Soares é contato diocesano (Diocese Anglicana do Recife) do Serviço de Diaconia e Desenvolvimento (SADD), representante do Brasil na Comunhão Anglicana na ONU em New York, março de 2013.-
Diocese Anglicana de São Paulo: Renovação dos Votos de Ordenação
Ó Pai, por Jesus Cristo, teu filho, concede o Espírito Santo a esse teus servos que renovam seus votos de ordenação. Enche-os de graça e poder e faze com que possam realizar suas vocações no ministério de tua Igreja. Possam eles exaltar-te, ó Senhor, no meio do teu povo; oferecer sacrifícios espirituais aceitáveis a Ti; proclamar com coragem o Evangelho da Salvação; e devidamente ministrar os sacramentos da Nova Aliança. Faze deles pastores fieis, mestres pacientes e conselheiros sábios. Concede que, em todas as coisas, possam servir sem esperar recompensa, de modo que teu povo seja fortalecido e teu Nome glorificado em todo o mundo. Mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que, contigo e o Espírito Santo, vive e reina um só Deus, pelos séculos sem fim. Amém. (Oração de Renovação dos Votos de Ordenação)Ocorreu na manhã da Quinta-Feira Santa (28 de março) na Paróquia da Santíssima Trindade o encontro do Clero Diocesano para o tradicional Ofício de Renovação dos Votos de Ordenação e Bênção dos Óleos. Todos os anos o clero da DASP é convocado pelo Bispo se encontram na Quinta-Feira para essa importante cerimônia. Estiveram presentes aproximadamente 60 pessoas entre clérigos e leigos.O Bispo Dom Naudal Alves Gomes (Diocese Anglicana de Curitiba) veio especialmente, à convite do Bispo Primaz, para presidir o Ofício juntamente com todo o Clero da Diocese Anglicana de São Paulo (DASP). Dom Naudal fez uma partilha com o clero e com o povo sobre a importância do ministério cristão para cada fiel e lembrando a máxima do sacerdócio universal de todos os crentes.Dos 34 membros clericais vinculados canonicamente à DASP/Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB) estiveram 21 representantes. Bispo Naudal conduziu o clero (presbíteros e diáconos) na Renovação dos Votos de Ordenação. Logo após todos os clérigos puderam assinar a Declaração Canônica DASP/IEAB 2013 na qual consta o texto seguinte: Cremos que as Santas Escrituras do Antigo e Novo Testamento são a Palavra de Deus e contém todas as coisas necessárias à Salvação, e prometemos solenemente conformar-nos à Doutrina, ao Culto e à Disciplina da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.Destacamos uma expressiva participação de leigos representando suas respectivas comunidades, a saber: Paróquia da São João (bairro de Pinheiros), Paróquia São Lucas (bairro de Vila Maria), Paróquia da Santíssima Trindade (bairro de Sta. Cecilia), Paróquia Santo André (Campinas), Paróquia Santo André (Pereira Barreto), Paróquia de Santo Estevão (Araçatuba), Paróquia Cristo Rei (Registro) e Paróquia da Ressurreição (bairro da Saúde).No mesmo culto foram consagrados os Óleos para serem usados nas comunidades da DASP e em seguida foi celebrada a Santa Eucaristia. Por fim, muitos continuaram o momento de comunhão no Salão Paroquial onde já estava preparado um lanche.A Diocese Anglicana de São Paulo compreende toda a região do estado de São Paulo, e integra a Igreja Episcopal Anglicana do Brasil/Comunhão Anglicana. Atualmente está sob supervisão pastoral de Dom Maurício Andrade, Bispo Primaz da IEAB e da Diocese Anglicana de Brasília. O Escritório Diocesano funciona na Rua Borges Lagoa 172 (metrô Sta.Cruz) e os contatos podem ser feitos através do telefone 11- 55499086/55799011 ou através do endereço eletrônico da Secretária Diocesana Reverenda Carmen Kawano em cakawano@gmail.com(Créditos das Fotos: Nina Boe- missionária de YASC- Young Adult Service Corps- The Episcopal Church)
Fonte: http://sn.ieab.org.br/page/5/
___________________________________________
Notícias
210 mil pedem pela liberdade religiosa |
Qua, 19 de Setembro de 2012 16:24 | |||||
"É
claro que me sinto surpreso em saber que o número de pessoas
ultrapassou o que a Comissão (de Combate à Intolerância Religiosa)
esperava. Tínhamos o objetivo de levar 200 mil para a Avenida Atlântica.
Dez mil além do esperado só mostra o quanto o esforço desse trabalho,
por um Brasil democrático e onde as pessoas respeitam os credos alheios,
tem conquistado todos os setores da sociedade", disse o interlocutor do
grupo de vários segmentos religiosos, babalawo Ivanir dos Santos, ao
ser informado sobre o número de participantes, ao fim da Quinta
Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que ocorreu no domingo, 16
de setembro, na Praia de Copacabana. Segundo a coordenação de
Infraestrutura do evento, 45 mil assistiram ao espetáculo da cantora
Margareth Menezes, principal atividade cultural da Caminhada, na Praça
do Lido.
Desde o início de setembro, a Comissão enviou aos candidatos a prefeito
do Rio de Janeiro uma carta-compromisso, a fim de que a liberdade
religiosa esteja garantida por aquele que assumir. O atual prefeito,
Eduardo Paes, foi representado pelo vice de sua chapa, Adilson Pires.
Marcelo Freixo (PSOL) fez questão de assinar o documento e acompanhar os
caminhantes na Princesinha do Mar. Cyro Garcia (PSTU) e Otávio Leite
(PSDB) se manifestaram com interesse em assinar, porém pediram à
Comissão de Combate à Intolerância Religiosa que outra oportunidade
fosse estudada por conta de compromissos com agendas de campanhas.
Dessa forma, na presença de mais de 25 representações religiosas e de
várias autoridades, incluindo a chefe da Polícia Civil do Estado do Rio
de Janeiro (PCERJ), delegada Marta Rocha, Freixo comprometeu-se com uma
administração "em que o medo de ser livre, de qualquer forma, não
exista". Aplaudido, o candidato do PSOL recebeu das mãos de Ivanir dos
Santos o livro "Caminhando a Gente se Entende", lançado em janeiro deste
ano, com imagens das quatro caminhadas anteriores. "Assinar a carta é
muito importante. No entanto, a prática é essencial para que se acabe de
verdade com as exclusões", declarou Marcelo Freixo.
"Uma coisa que tem crescido no Brasil é a ideia fascista de que só tem
um caminho. Isso vem interferindo na educação e no mercado de trabalho,
por exemplo, porque excluiu pessoas de oportunidades com base na opção
religiosa", disse o babalawo após a fala de Marcelo Freixo.
Depois da coletiva de imprensa, dezenas de ônibus, vans e carros
lotados chegavam de vários lugares à concentração, no Posto Seis. A
Quinta Caminhada contou com participantes de Pernambuco, Bahia, São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e diversos municípios do Estado do
Rio. Mesmo com sol forte, as pessoas entoaram cânticos religiosos e
exibiram dezenas de faixas com pedidos de aplicação da Lei 10.639/03,
que prevê a implementação dos estudos das histórias da África e da
Cultura Afro-brasileira nas escolas de todo o País, além do Plano
Nacional de Combate à Intolerância Religiosa.
Chamada por Santos de "ministra do povo", Luíza Bairros (Seppir) andou
com os religiosos desde a concentração até o fim da apresentação de
Margareth Menezes e, no carro de som, dedicou suas falas aos clamores de
liberdade. " Eu estou muito emocionada de ver tanta gente em prol de
uma causa tão nobre. Respeitar o próximo é fundamental para um convívio
de paz e por um Brasil realmente de todos. Parabéns para a Comissão,
parabéns, Ivanir, por conseguir articular todas essas religiões", falou.
Diversos segmentos foram solidários aos muçulmanos por conta do filme
"Innocence of Muslims", que trata de uma suposta biografia do profeta
Muhammad, estereotipando-o como homossexual, mulherengo e pedófilo. O
grupo deixou claro seu repúdio contra a obra e declarou apoio aos
seguidores do Islamismo, afirmando que nenhum desrespeito religioso pode
ser permitido.
Margarteh Menezes subiu ao primeiro trio às 15h e conseguiu animar até
mesmo a ministra Luíza Bairros, que, meio aos populares, dançou até o
fim. Antes de fechar o repertório, Menezes agradeceu o apoio da Rede
Globo, o patrocínio da Petrobras, aos órgãos municipais e estaduais que
trabalharam pelo bom andamento da Caminhada, e passou a palavra ao
interlocutor. "Nós, religiosos, estamos de parabéns. Mostramos, mais uma
vez, que além de possível é maravilhoso aprender um pouco um do outro e
não aceitar que nos demonizem, principalmente a Umbanda e o Candomblé.
Esta foi uma caminhada que teve muitas dificuldades para sair, mas Ifá
(conjunto de sabedoria divina para seguidores do Candomblé) não mente, e
todo verdadeiro religioso vence por confiar no Divino", finalizou
Ivanir dos Santos.
Fonte: CEBI em, http://www.conic.org.br
Ter, 11 de Setembro de 2012 20:30
Um
grupo de religiosos ligado à defesa da cidadania e dos direitos sociais
realiza no próximo dia 21 um encontro com evangélicos para debater o
que eles chamam de "voto de cajado", que seria o equivalente ao "voto de
cabresto" no meio religioso.
Formada por cristãos de várias correntes, a Rede Fale trabalha contra
esse tipo de interferência nas decisões políticas do cidadão e pretende
estimular o consciente. O encontro acontecerá na Igreja Cristã da
Família, na Vila Mariana, zona sul de São Paulo.
“O movimento contra o voto de cajado começou no Rio de Janeiro, contra o
novo coronelismo de grandes poderes evangélicos”, explica Morgana
Boostel, secretária-executiva da Rede.
Na disputa eleitoral de São Paulo, o caso de maior repercussão é o
apoio da Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, ao
candidato Celso Russomanno (PRB). Mas a secretária-executiva da entidade
diz que não é intenção do grupo falar contra a atuação de grupos ou
pastores específicos.
"Edir Macedo não é necessariamente o grande nome, ou não é o único, talvez seja o mais midiático.”
Da mesma maneira, inversamente, a Rede Fale não defende o voto em
candidatos em particular. “Se déssemos a orientação em quem votar,
iríamos contra o foco do trabalho, que é a conscientização e a ampliação
do debate político, levando as pessoas a conhecer melhor os
candidatos”, diz Morgana.
Por isso, explica, Russomanno não é visto como um candidato a se
destacar. “Russomanno é como outro candidato qualquer, nossa intenção é
que as pessoas olhem para as eleições e para os candidatos criticamente,
seja em relação a José Serra (PSDB), a Fernando Haddad (PT), a
Russomanno, a Carlos Gianazzi (PSOL).”
Sobre tendências políticas, Morgana afirma que a Rede se relaciona com
partidos a partir da identidade programática. “A marca partidária não
nos cerceia. Nossos interesses são a promoção da vida, a igualdade, a
garantia de direitos”, define. Em função disso, a entidade se manifesta
“contra qualquer tipo de violência, seja racial, sobre orientação sexual
etc”.
Fonte: Rede Brasil Atual
em, http://www.conic.org.br/cms/noticias?start=550
|
Nessun commento:
Posta un commento