Marcos
Willian Santos Alves*
O Padre Ibipiana foi o bravo missionário, que organizou a
vida cristã e assistência social aos sertanejos, revelando a capacidade do
brasileiro, no século passado, diante de todas as dificuldades do sertão nordestino,
tudo que criou o bravo missionário. As virtudes cearenses se aguçaram a partir
das virtudes dos santos, sem deixar de lado a capacidade prática de organizar,
administrar, desenvolver indústrias dos homens. Tendo-se muitas casas
espalhadas por alguns estados dos sertões brasileiros, criou boas e santas
“casas de repouso” e obras de civilizações nos sertões como: comunidades religiosas
fundadas por ele, chamadas: “Mãe Sinhá” como ficaram conhecidas: Através do
exemplo do grande missionário,
dedicaram-se ao serviço de Deus e do próximo, ensinando aos orfãozinhos
a cozinhar, fiar, tecer e tingir o algodão, tratar dos doentes, a plantar
sementes no tempo certo, fazer chapéu de palha, rede, a ler, escrever, a rezar
o Padre-nosso, a cantar a ladainha em bom português. Fundou e organizou sozinho
vinte casas de caridade nos sertões do Nordeste, tendo grande força moral, a
serviço da Igreja, sendo preocupado com o futuro. (FREYRE,1981)
Compreende-se a história do pai Adão e do babalorixá a
partir da ligação da Bahia e África. Baianos que migraram para a África e não
se sentiram felizes. Havia um incentivo econômico para a permanência desses insatisfeitos.
Na África, podiam ganhar fortuna que no Brasil é quase impossível ganhar, sendo
intermediário entre Brasil (Bahia) e África.
Alguns Santos, no tempo da escravidão, deixaram a Bahia pela
África e lá se tornavam negociantes opulentos, no interesse, na fortuna e no
seu prestígio afro-brasileiro. Íam á África, não se preocupava de acompanhar
seus filhos e preferiam eles os filhos permanecessem no Brasil.
É perceptível a ligação deste Padre, com a posição, papeis e
status na vida social, dentro dessas perspectivas que o cidadão, está integrado
por normas o que se sujeita a ações dos indivíduos que ocupam uma posição e
desempenham uma função particular no seio do grupo ou da coletividade. Diante
desse esclarecimento pode-se perceber o trabalho que o Padre Ibiapina tinha com
a comunidade, um trabalho de forma integral, levando suas ações através de sua
posição espiritual e principalmente social, amparando aquele povo do sertão. Em
relação aos baianos, percebe-se a posição particular a qual ele deveria tomar e
desempenhar essa posição dentro do contexto deles era uma posição de
prestígios.
É importante ressaltar que as funções específicas que cada
um exercia, a cada uma destas funções corresponde a condutas particulares de
fazer que responda a determinadas expectativas dos demais; comparando-se ao
trabalho social que o padre Ibiapina exercia com as crianças órfãs, onde
ensinava as variadas atividades específicas. Percebe-se claramente as funções
específicas nestas casas que o padre Ibiapina criou. Assim, responderam ás
expectativas das crianças órfãos que precisavam de alguém para ensiná-los pois
já não tinham o seus pais vivos, puderam ter uma posição na sociedade.
Visualiza-se também a ligação que os baianos que tiveram ao ir a África, em
suas funções que os prendiam, que era o poder econômico, satisfazendo a si e
aos demais que dependiam do próprio.
A postura que cada um exercia destaca-se, o sistema de
papeis sociais é a oferta de comportamento correlacionadas e
institucionalizadas a uma cultura presente ao individuo, enquanto formas
capazes de dá satisfações a suas necessidades sociais de orientar as funções de
significados que o grupo atribui a vida coletiva. Percebemos como o padre
Ibiapina, com sua cultura, dá satisfação ás necessidades sociais, as quais,
realizava com os sertanejos. Também insere neles, o que tinha sido orientado em
grupo, ou seja, na vida coletiva. Já os baianos, procuram satisfazer suas
necessidades sociais buscando automaticamente status, e assim, não são felizes
no lugar onde as colocaram neste patamar, mas sentem saudades do seu lugar de
origem e os filhos não o acompanham, mas sim, ficam no Brasil.
Das perspectivas e projetos do componente individual,
presente na ação social. Adentrando no contexto entende-se o pensamento individual
do padre Ibiapina, os planos, os sonhos, a missão desse bravo missionário.
Colocando a sua ação social em meio ao nordeste, em uma região sofrida, ele doa
toda sua atenção a este povo sertanejo; por livre vontade vai ao encontro de
uma melhoria, o baiano procura se integrar, começa a compor-se presente através
dessa ação de migração, a fazer parte da vida social.
Descrevendo-se uma parte se suma importância para essa
comparação, o papel social corresponde, portanto uma posição social. Nesta
descrição ver-se nitidamente a posição que exercia o padre Ibiapina a postura
de preocupação com o futuro. É nítido a posição social do babalorixá que ía até
mesmo escrever uma biografia do afro-brasileiro por possuir tão grandiosidade
histórica, mas não foi possível escrever essa biografia porque queriam em
documentos orais, que seriam interrogados pelo mesmo, o qual o documento iria
se referir e também seria perguntado á sua família, amigos e inimigos.
Adentrando dentro desse contexto de posição social
entende-se que a concepção de status e de posição social. A qual o padre
Ibiapina ocupa, gera, portanto, uma postura de respeito que se direciona ao
status, automaticamente, por sua posição, a qual eles atuavam por destacar um
trabalho com os mais necessitados assim, fazem com que seja conhecido, e o
baiano que busca uma melhor condição de vida e ganha uma fortuna e, dentro do
contexto o qual vivia na África tinha prestígio, logo, esse fator o conduzia a
posição de status que representa também significados e da valorização ao grupo.
O povo sertanejo, tendo todo esse direcionamento, toda essa atenção social, faz
com que possua também uma valorização levada pelo padre Ibiapina uma
centralização que, conduz ao caminho também do status.
Percebe-se, dentro dessa junção sobre a posição, papeis e
status na vida social do Padre Ibiapina e do Pai Adão, babalorixá ortodoxo, que
adequava dentro da posição que eles exerciam, dos papeis que desenvolviam e do
status que é gerada pelas posições que exerciam. Portanto, o Padre Ibiapina
tinha uma grande colaboração social na vida social dos sertanejos sofredores e
que o pai Adão, busca uma posição de desenvolvimento através do papel que
exerceu, e sendo prestigiado.
Referência
FREYRE, Gilberto. Pessoas,
coisas e animais. Rio de Janeiro: Globo, 1981.
DIONIZIO, Claudio. Para
comprender el mundo: Apuentes de Sociologia, 2016.
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